A LENTE E O PINCE-NEZ: MACHADO DE ASSIS, ESPINOSA E A CULTURA POLÍTICA NO BRASIL

Autores

  • Luiz Carlos Montans Braga Universidade Estadual de Feira de Santana

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2019.150881

Palavras-chave:

Espinosa, Machado de Assis, Sergio Buarque de Holanda, estado de natureza, afetos, politica

Resumo

Machado de Assis, no conto A Sereníssima República, aponta, por meio da alegoria, problemas de fundo do sistema político brasileiro. Uma espécie de cultura da fraude estaria presente nos comportamentos das aranhas (estas, na alegoria proposta no conto, fazem as vezes dos cidadãos da república), o que impossibilitaria a implantação reta e precisa da lei, bem como a instituição da paz e da securitas. Sérgio Buarque de Holanda, ao analisar, a partir de fontes primárias, o período em que se passa o conto, constata os mesmos problemas que Machado de Assis apontara. Os conceitos políticos espinosanos são movimentados, ao final, para mostrar que em um imperium no qual as leis são constantemente violadas, não se está distante do estado de natureza, com grande perigo de vida para os súditos-cidadãos. Seria este o caso da república do conto e do Brasil atual?

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

2019-12-19

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Braga, L. C. M. (2019). A LENTE E O PINCE-NEZ: MACHADO DE ASSIS, ESPINOSA E A CULTURA POLÍTICA NO BRASIL. Cadernos Espinosanos, 41, 75-100. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2019.150881