Da superstição ao autoritarismo segundo a lógica das paixões: o exemplo de Alexandre no prefácio do Tratado teológico-político
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2021.180601Palavras-chave:
Espinosa, Superstição, Poder teológico-político, Autoritarismo, AfetosResumo
Tomando por mote o exemplo das viradas supersticiosas de Alexandre o Grande que Espinosa dá no prefácio do Tratado teológico-político (invocando Quinto Cúrcio), tentaremos mostrar que o percurso entre a propensão à superstição que acomete todos os seres humanos (fato universal) e o estabelecimento de um regime autoritário (fato particular), entendido o autoritarismo como exacerbação da autoridade e da violência política, pode ser inteiramente compreendido no interior de uma “lógica das paixões”. O principal pressuposto para isso é a tese, tomada a Marilena Chaui em sua tese de doutorado Introdução à leitura de Espinosa, de que uma forma política (a forma de um imperium) é uma individualidade e, portanto, tudo o que respeita a um indivíduo, especialmente a teoria do conatus, é aplicável a um Estado (imperium).
Downloads
Referências
CHAUI, M. (1967). Maurice Merleau-Ponty e a crítica ao humanismo. Dissertação de mestrado. São Paulo: FFCL-USP
CHAUI, M. (1970). Introdução à leitura de Espinosa. Tese de doutorado. São Paulo: fflch-usp.
CHAUI, M. (1971). “A linguagem na flosofa de Espinosa. À guisa de introdução”. Discurso, São Paulo: n. 2.
CHAUI, M. (1976). A nervura do real. Espinosa e a questão da Liberdade. Tese de livre-docência. São Paulo: fflch-usp, 2 vol
CHAUI, M. (1995). Espinosa. Uma flosofa da liberdade. São Paulo: Moderna.
CHAUI, M. (2002). “A noção de estrutura em Merleau-Ponty”. In: Experiência do pensamento. Ensaios sobre a obra de Merleau-Ponty. São Paulo: Martins Fontes.
CHAUI, M. (2003). “A instituição do campo político” (1a publicação: 1989). In: Política em Espinosa. São Paulo, Companhia das Letras.
ESPINOSA, B. (2004) Tratado teológico-político. Tradução de Diogo Pires Aurélio. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda.
ESPINOSA, B. (2009). Tratado político. Tradução de Diogo Pires Aurélio. São
Paulo: wmf Martins Fontes.
ESPINOSA, B. (2015). Ética. Tradução do Grupo de Estudos Espinosanos. São Paulo: Edusp.
MERLEAU-PONTY, M. (1989). “De Mauss a Claude Lévi-Strauss”. Tradução de Marilena Chaui. In: Merleau-Ponty. Col. Os Pensadores. São Paulo, Nova Cultural.
SANTIAGO, H. (2020). “Introdução a uma leitura de Espinosa”, In: Discurso (USP), São Paulo, vol. 50, no 1; disponível em: http://www.revistas.usp. br/discurso/article/view/171581
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Homero Santiago

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Authors who publish in this journal agree to the following terms:
b. Authors are authorized to take on additional contracts separately, to non-exclusive distribution of the article published in this journal (ex.: to publish in institutional repository or as part of a book), with an acknowledgment of its initial publication in this journal.