História em Espinosa pela confrontação de seis leituras
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2024.223609Palavras-chave:
História, Método histórico-crítico, Interpretação da experiência, Materialismo, Ontologia do socialResumo
Para abordar o tema da História em Espinosa, confrontamos seis leituras, definindo conveniências, diferenças e oposições entre elas, de maneira a explicitar a pertinência, o alcance e as dificuldades desta temática. Observamos que a relação entre metafísica e história é a base comum das leituras consideradas, com suas diferenças recíprocas a se medir desde as distintas concepções desta relação. Por este critério, dividimos os autores em dois grupos: Cassirer, Strauss e Gueroult separaram metafísica e história em Espinosa; Matheron, Althusser e Negri as vinculam. Demoramo-nos mais na leitura de Negri, pois, entre estes leitores, é aquele que levou mais longe a proposta segundo a qual a História – em seus termos, como produção do real e como ontologia do social – está no cerne desta filosofia e, portanto, a constitui. Nosso argumento de fundo, entretanto, passa por destacar que nenhuma destas interpretações discerniu a contento a conveniência, na filosofia de Espinosa, entre os métodos geométrico e histórico, ou, ainda, entre metafísica e interpretação da experiência.
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