O governo das paixões: Encontros e desencontros entre Descartes e Espinosa

Autores

  • Daniela Mordoch Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2024.225678

Palavras-chave:

Afetos, Paixões, Espinosa, Ética, Descartes, História da Filosofa Moderna

Resumo

O objetivo deste artigo é explicitar alguns pontos de aproximação e divergência entre Descartes e Espinosa no que diz respeito ao governo das paixões. Para tanto, utilizaremos alguns artigos do Tratado das paixões, que fundamentarão a análise cartesiana de império da vontade sobre as paixões a partir da condução da razão. Como contraponto, trataremos principalmente das proposições 7, 8 e 14 da parte IV da Ética de Espinosa, na medida em que propõem uma moderação da força dos afetos baseada na própria potência da mente, que se apresenta também enquanto afetividade. Dessa forma, a partir de uma crítica a Descartes, será possível constatar as inovações de Espinosa, principalmente por seus estudos sobre os afetos e, portanto, sobre as paixões.

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Biografia do Autor

  • Daniela Mordoch, Universidade de São Paulo

    Graduanda, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil

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Publicado

2024-12-30

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Mordoch, D. (2024). O governo das paixões: Encontros e desencontros entre Descartes e Espinosa. Cadernos Espinosanos, 51, 189-218. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2024.225678