O Conatus de Spinoza: auto-conservação ou liberdade?

Autores

  • Rafael Rodrigues Pereira Pontifócia Universidade Católica do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2008.89343

Palavras-chave:

Spinoza, Ética, Conatus, Auto-conservação, Liberdade.

Resumo

Este trabalho pretende discutir uma aparente ambigüidade da ética spinozista, que ora é descrita como uma ética da auto-conservação, ora como uma ética da liberdade. Após mostrar por que fracassam as tentativas de diversos comentadores em conciliar estes dois aspectos, argumentaremos que a única maneira de resolver o problema é considerar que o que deve ser mantido na existência não é o indivíduo empírico do senso comum, mas sim a “individualidade”, que estaria ligada à proporção das relações de movimento e repouso, correspondendo à essência singular de cada ente. Para sustentar esta posição, faremos uma análise da noção de conatus em Spinoza, mostrando que este não se reduz a elementos físicos, sendo também um princípio metafísico, que relaciona os seres finitos à potência de Deus. Somente a partir desta dimensão formal seria possível compreender porque o esforço primordial de auto-preservação desemboca em uma ética da liberdade.

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Publicado

2008-12-15

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Pereira, R. R. (2008). O Conatus de Spinoza: auto-conservação ou liberdade?. Cadernos Espinosanos, 19, 73-90. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2008.89343