Nietzsche e Espinosa: fundamentos para uma terapêutica dos afetos

Autores

  • Adriana Belmonte Moreira Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humana

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2010.89423

Palavras-chave:

Corpo, Saúde, Potência, Terapêutica, Afetividade

Resumo

Neste artigo, partindo de uma análise dos conceitos de corpo e potência presentes nas filosofias de Nietzsche e Espinosa, objetivamos mostrar que ambos os filósofos, além de fazerem uma crítica aos valores transcendentes, afirmam a necessidade de criação de novos valores e mostram que para que uma ética afirmativa da vida seja possível há, antes de tudo, a necessidade do aumento de potência da totalidade corpo/ mente, obtido através de uma terapêutica fundada na dinâmica afetiva. Considerando que tanto Nietzsche quanto Espinosa recorrem ao mesmo afeto, o da alegria, para a cura da impotência e apresentam uma terapêutica de caráter estritamente pessoal, recusando a criação de uma ética normativa, concluímos que uma terapêutica que objetiva realmente promover saúde deve ser um processo essencialmente afetivo, pautado em escolhas e ações salutares próprias, e não uma moralização dos atos da vida cotidiana, operada pelos manuais de psicologia do comportamento e de higiene coletiva.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Adriana Belmonte Moreira, Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humana
    Doutoranda em Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP)

Downloads

Publicado

2010-12-15

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Moreira, A. B. (2010). Nietzsche e Espinosa: fundamentos para uma terapêutica dos afetos. Cadernos Espinosanos, 24, 141-165. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2010.89423