Vol 21 n 3 - Dossiê temático "Iconicidade" - call for papers

Call for papers – vol. 21, n. 3 (dezembro 2025) - Dossiê temático "Iconicidade"

 

Chamada para artigos / Call for papers / Convocatoria para publicación

[English below / Español más abajo]

Editoras convidadas:

Raquel Ponte (UFRJ) e Eluiza Bortolotto Ghizzi (UFMS)

 

Charles S. Peirce (1834-1914), um dos principais fundadores do movimento para uma filosofia pragmatista, legou-nos um grande volume de escritos, com contribuições para as diversas áreas da ciência. A edição dos Collected Papers (entre as décadas de 1930 e 1950) somou-se à parte dos textos publicada em vida e fomentou estudos acadêmicos em todos os continentes. Atualmente, estudiosos de diferentes campos podem contar também com os volumes já publicados dos Writings of Charles S. Peirce (vols. 1–6 e 8), fruto dos trabalhos do Peirce Edition Project (Indiana University School of Liberal Arts), iniciados em 1976. 

Uma Semiótica Geral integra esse legado. Ao concebê-la como uma lógica e parte constituinte do pragmatismo, Peirce contribui para o reconhecimento da semiótica como uma área de pesquisa do campo da filosofia. Conforme Houser (2016, p. 314), seu diferencial no contexto filosófico da Modernidade é o de oferecer, alternativamente à separação cartesiana entre mente e corpo, um “retorno ao realismo semiótico [...] possivelmente prenunciando um novo paradigma”.

Em seus escritos sobre semiótica, Peirce nos apresenta um importante conceito que amplia o entendimento do signo para além do aspecto convencional: o ícone. Ibri (2020, p. 96), ao considerar suas contribuições para uma filosofia da arte, enfatiza-os pelo “seu potencial de significação independente da existência de seu objeto, pelo seu caráter de fazer nascer de dentro de si o objeto, e assim se constituir em autorrepresentação.”  A iconicidade nos conduz a um espaço semiótico de liberdade, para o qual não se coloca o problema do verdadeiro e do falso. Isso tem estimulado estudos crescentes no campo da estética, da arte e das mais diversas linguagens.

Para esses estudos, têm merecido destaque as relações entre a semiótica e a fenomenologia peirciana, especialmente a aproximação entre o signo icônico e a primeiridade fenomenológica. A divisão dos signos icônicos em imagens, diagramas e metáforas é outra característica do conceito peirciano que tem instigado e preparado os olhares investigativos para práticas e produções muito distintas entre si. Interessa aos pesquisadores a capacidade sugestiva de ícones em suscitar interpretantes mais vagos, abrangentes, como também a importância desses signos na construção de argumentos abdutivos baseados em analogias. 

O dossiê temático “Iconicidade” tem a intenção de reunir contribuições que, fazendo referência ao conceito de ícone em Peirce, explorem:

1. Seus desenvolvimentos teóricos e

2. Sua relação com as produções nas mais diversas linguagens.

Referências:

HOUSER, N. Semiótica e filosofia. Cognitio: Revista De Filosofia, 17(2), 313–336, 2016.

IBRI, Ivo Assad. Semiótica e pragmatismo: interfaces teóricas, vol.1. Marília: Oficina Universitária; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2020.

 

Informações práticas

Datas importantes:

  • Submissão das propostas (uma página) até 30 de novembro de 2024. Enviar para: rev.esse.iconicidade@gmail.com. Assunto: Dossiê Iconicidade - 2025 - proposta artigo. 
  • Anúncio das propostas aprovadas: 20 de dezembro de 2024.
  • Submissão, pela plataforma OJS da revista, dos artigos completos cujas propostas foram aprovadas: de 01 de abril a 31 de maio de 2025. Envio em: https://www.revistas.usp.br/esse/about/submissions
  • Publicação programada: dezembro de 2025.

Detalhes sobre a redação e a formatação dos artigos:

  • Línguas aceitas: português, inglês e espanhol.
  • Os resumos deverão ser redigidos em inglês + outra língua de acordo com aquelas aceitas.
  • Os artigos submetidos deverão conter de 25.000 a 50.000 caracteres (espaços incluídos).
  • Verificar as normas de formatação da revista.

 

 

[English]

Thematic dossier: "Iconicity" 

Thematic issue edited by Raquel Ponte (UFRJ) and Eluiza Bortolotto Ghizzi (UFMS)

Charles S. Peirce (1834-1914), one of the main founders of the movement towards a pragmatist philosophy, bequeathed us a large volume of writings, with contributions to different areas of science. The edition of the Collected Papers (between the 1930s and 1950s), added to the texts published during his lifetime, encouraged academic studies on all continents. Currently, scholars from different fields can also count on the already published volumes of the Writings of Charles S. Peirce (vols. 1–6 and 8), the result of the work of the Peirce Edition Project (Indiana University School of Liberal Arts), started in 1976.

A General Semiotics integrates this legacy. By conceiving it as a logic and constituent part of pragmatism, Peirce contributes to the recognition of semiotics as an area of ​​research in the field of philosophy. According to Houser (2016, p. 314), its difference in the philosophical context of Modernity is to offer, as an alternative to the Cartesian separation between mind and body, a “return to semiotic realism [...] possibly heralding a new paradigm”.

In his writings on semiotics, Peirce presents us with an important concept that expands the understanding of the sign beyond its conventional aspect: the icon. Ibri (2010) when considering their contributions to a philosophy of art enphasizes them for “ their potential for independent meaning, independently of the existence of their object, by their character of producing the object from within, and thus constituting self-representation”. Iconicity leads us to a semiotic space of freedom, for which the problem of true and false does not arise. This has stimulated increasing studies in the field of aesthetics, art and the most diverse languages.

For these studies, the relationships between semiotics and Peircean phenomenology have been highlighted, especially the rapprochement between the iconic sign and phenomenological firstness. The division of iconic signs into images, diagrams and metaphors is another characteristic of the Peircean concept that has instigated and prepared investigative views for practices and productions that are very different from each other. Researchers are interested in the suggestive capacity of icons in eliciting vaguer, more comprehensive interpretants, as well as the importance of these signs in the construction of abductive arguments based on analogies.

The thematic dossier “Iconicity” intends to bring together contributions that, making reference to Peirce’s concept of icon, explore:

1. Its theoretical developments and

2. Its relationship with productions in the most diverse languages.

References:

Houser, N. Semiótica e Filosofia. Cognitio: Revista De Filosofia, 17(2), 313–336, 2016.

Ibri, I. A. Peircean Seeds for a Philosophy of Art. In Haworth, K, Hogue J., Sbrocchi, L. G. (editors) - Semiotics 2010 "The Semiotics of Space" - Legas Publishers, New York, 2010; pp.1-16.

Practical info

Deadlines:

  • Deadline for submission of proposals (one page): November 30, 2024. Proposals are to be sent to: rev.esse.iconicidade@gmail.com. Subject line: "Dossier Iconicity - 2025 - article proposal".
  • Confirmation of acceptance: December 20, 2024.
  • Submission, via the journal OJS platform, of complete articles whose proposals were approved: from April 1st to May 31st, 2025. Submission at: https://www.revistas.usp.br/esse/about/submissions
  • Online publication planned for: December 2025.

Editorial details:

  • Accepted languages: Portuguese, English, Spanish.
  • Abstract should be in English and in another language chosen among those supported.
  • Articles should be between 25000 and 50000 characters, all included.
  • Please refer to the journal's submission guidelines.

 

[Español]

Dossier temático - "Iconicidad" 

Editoras invitadas: Raquel Ponte (UFRJ) y Eluiza Bortolotto Ghizzi (UFMS)

Charles S. Peirce (1834-1914), uno de los principales fundadores del movimiento hacia una filosofía pragmatista, nos legó un gran volumen de escritos, con contribuciones a las diversas áreas de la ciencia. La edición de los Collected Papers (entre las décadas 1930 y 1950) se sumó a los textos publicados durante su vida y fomentó los estudios académicos en todos los continentes. Actualmente, estudiosos de diferentes campos también pueden contar con los volúmenes ya publicados de los Writings of Charles S. Peirce (vols. 1–6 y 8), resultado del trabajo del Peirce Edition Project (Indiana University School of Liberal Arts), iniciado en 1976.

Una Semiótica General integra este legado. Al concebirla como una lógica y parte constitutiva del pragmatismo, Peirce contribuye al reconocimiento de la semiótica como un área de investigación en el campo de la filosofía. Según Houser (2016, p. 314, nuestra traducción), su diferencia en el contexto filosófico de la Modernidad es ofrecer, como alternativa a la separación cartesiana entre mente y cuerpo, un “regreso al realismo semiótico [...] presagiando posiblemente una nueva paradigma".

En sus escritos sobre semiótica, Peirce nos presenta un concepto importante que amplía la comprensión del signo más allá de su aspecto convencional: el ícono. Ibri (2020, p. 96), al considerar sus contribuciones a una filosofía del arte, los destaca por ”su potencial de significación independiente de la existencia de su objeto, por su carácter de dar nacimiento al objeto desde dentro de sí mismo, y constituir así una autorrepresentación." (Ibri, 2020, p. 96, nuestra traducción). La iconicidad nos conduce a un espacio semiótico de libertad, donde no se plantea el problema de lo verdadero y lo falso. Esto ha estimulado crecientes estudios en el campo de la estética, el arte y los lenguajes más diversos.

Para estos estudios, se han destacado las relaciones entre la semiótica y la fenomenología peirceana, especialmente el acercamiento entre el signo icónico y la primeiridad fenomenológica. La división de los signos icónicos en imágenes, diagramas y metáforas es otra característica del concepto peirceano que ha instigado y preparado miradas investigativas para prácticas y producciones muy diferentes entre sí. Los investigadores están interesados ​​en la capacidad sugestiva de los iconos para suscitar interpretantes más vagos y amplos, así como en la importancia de estos signos en la construcción de argumentos abductivos basados ​​en analogías. 

El dossier temático “Iconicidad” pretende reunir aportaciones que, haciendo referencia al concepto de ícono de Peirce, exploren:

1. Sus desarrollos teóricos y

2. Su relación con producciones en los lenguajes más diversos.

Referencias:

HOUSER, N. Semiótica e filosofia. Cognitio: Revista De Filosofia, 17(2), 313–336, 2016.

IBRI, Ivo Assad. Semiótica e pragmatismo: interfaces teóricas, vol.1. Marília: Oficina Universitária; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2020.

Información práctica

Fechas:

  • Fecha límite para la presentación de propuestas (una página): 30 de noviembre de 2024. Las propuestas deberán enviarse a: rev.esse.iconicidade@gmail.com. Línea de asunto: "Dossier Iconicidad - 2025 - propuesta de artículo".
  • Confirmación de aceptación: 20 de diciembre de 2024.
  • Envío, a través de la plataforma OJS de la revista, de artículos completos cuyas propuestas fueron aprobadas: del 01 de abril al 31 de mayo de 2025. Envío en https://www.revistas.usp.br/esse/about/submissions
  • Publicación en línea prevista para: diciembre de 2025.

Detalles editoriales:

  • Idiomas aceptados: portugués, inglés, español.
  • Los abstracts deberán presentarse en inglés y en alguna de las lenguas de trabajo.
  • Los artículos deben tener entre 25.000 y 50.000 caracteres, todo incluido.
  • Consulte las pautas de envío de la revista: Instrucciones para artículos