A identidade material em A solidão de um quadrinho sem fim

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2023.206939

Palavras-chave:

Quadrinhos, Autobiografia, Projeto gráfico, Semissimbolismo, Identidade visual

Resumo

Este artigo propõe explorar a construção da identidade na graphic novel autobiográfica A solidão de um quadrinho sem fim, de Adrian Tomine (2020a), a partir de uma reflexão sobre seu projeto gráfico. A obra é construída em um suporte que se assemelha a um sketchbook da marca Moleskine, apresentando uma nova camada de leitura motivada pela interação física com o produto e a exploração de sua espacialidade. O objetivo desta análise é explorar mais a fundo a construção da identidade por meio do uso de um produto, conforme propõe Floch (2000), considerando a relação que se estabelece entre a narrativa e o instrumento de trabalho do quadrinista, e as aproximações que o quadrinho promove entre enunciador-autor e enunciatário-leitor.

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Biografia do Autor

  • Clarissa Ferreira Monteiro, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

    Doutoranda no Programa de Semiótica e Linguística Geral da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), São Paulo, Brasil.

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Publicado

2023-08-17

Como Citar

Monteiro, C. F. (2023). A identidade material em A solidão de um quadrinho sem fim. Estudos Semióticos, 19(2), 231-248. https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2023.206939