Da situação kafkiana: autoritarismo e irresolução em Memórias do cárcere, de Graciliano Ramos
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2024.216895Palavras-chave:
Franz Kafka, Paradoxo, Autoritarismo, Graciliano Ramos, Memórias do cárcereResumo
Impulsionado pela sugestiva denominação de ‘atmosfera kafkiana’ que a crítica literária dá à situação de prisão de Graciliano Ramos em Memórias do cárcere (1953), o presente artigo propõe o cotejo da dimensão paradoxal da obra de Kafka, e sua possível relação com situações políticas e jurídicas marcadas pelo absurdo ou pela exceção, com o romance de Ramos. Nesse desiderato, a princípio, poremos em diálogo a obra de Kafka e a de alguns filósofos, a fim de relacionar questões da obra do tcheco com as noções de banalidade do mal, cara a Hannah Arendt, e de estado de exceção, em Giorgio Agamben. Esses pontos nos permitirão atar as duas problemáticas do artigo, em prol de estabelecer em que consiste a dimensão de totalitarismo/autoritarismo e de irresolução constante na obra do escritor tcheco, mas também a dimensão kafkiana na obra de Graciliano Ramos.
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