O espaço discursivo de divulgação no campo religioso e científico

Autores

  • Sueli Ramos Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas; Departamento de Linguística

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2009.49244

Palavras-chave:

divulgação religiosa, espaço discursivo, presença

Resumo

Nosso fazer sancionador, responsável pelo recorte e delimitação de totalidades, estabeleceu, dentro do campo discursivo religioso e científico, subconjuntos de formações discursivas que correspondem ao espaço discursivo de divulgação religiosa e divulgação científica. A fundamentação teórica a ser utilizada para atingir os objetivos propostos neste estudo consiste na semiótica greimasiana, na Análise do Discurso francesa (AD), herdada pela semiótica a partir dos conceitos elaborados por Maingueneau, na filosofia da linguagem e nos princípios do dialogismo bakhtiniano. Consideramos para este trabalho o projeto de reformulação do modelo semiótico, realizado por Greimas e Fontanille, associado aos aprimoramentos epistemológicos e técnicos introduzidos ao modelo por Zilberberg. Observaremos o sujeito da percepção, não apenas como o sujeito cognitivo que se emparelha ao narrador do nível discursivo, mas como o observador que apreende o mundo segundo um ritmo e que, ao imprimir um ritmo a seus discursos, contribui para a delimitação do éthos. Determinaremos como os textos que materializam a divulgação religiosa alcançam certa especificidade rítmica para que se defina a cena enunciativa. Dessa forma, estabeleceremos com mais profundidade as diretrizes dos mecanismos de construção do sentido, responsáveis pela elaboração dos enunciados que materializam o discurso de divulgação religiosa. Ao observar as recorrências dos mecanismos de construção do sentido dos textos, refletiremos sobre a noção de discurso de “divulgação religiosa” e de discurso de “divulgação científica”. Os dois tipos de discurso compõem o espaço discursivo das totalidades em confronto e são pertinentes à cena enunciativa partilhada, em que se propõem um fazer-crer e um fazer-saber peculiares, seja a palavra revelada, sejam as descobertas de origem científica.

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Publicado

2009-12-07

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

O espaço discursivo de divulgação no campo religioso e científico. (2009). Estudos Semióticos, 5(2), 27-36. https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2009.49244