Mentiras sinceras ou o canto do grão de amor
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2012.49380Palavras-chave:
mentira, verdade, Caetano Veloso, Lobão, metacançãoResumo
Este trabalho investiga como as poéticas da canção, a partir da perspectiva da voz dos sujeitos cancionais, podem auxiliar na discussão sobre as categorias fluidas da verdade e da mentira. Intensificando a discussão que se localiza na fronteira movediça entre ficção e realidade, tais personagens são a proposição possível de investigação, posto que se situam na fronteira. Uma das características mais radicais da verdade, prima-irmã da realidade, é ser incapturável. A verdade, no sentido de essência, é impossível de ser percebida, pois ela se prolifera em várias e insuspeitadas direções, dificultando a apreensão de sua origem. No entanto, amparados pela hegemonia de uma filosofia que tem na desvocalização do logos sua base, temos atravessado épocas em busca de uma lógica clara. Analisando o discurso, a fala, a voz de três sujeitos cancionais – a saber: os das canções “Rock’n’Raul”, de Caetano Veloso, “Para mano Caetano”, de Lobão e “Lobão tem razão”, também de Caetano, seguindo a cronologia de suas feituras –, o objetivo é entender os cantos (existenciais) sugeridos dentro das três canções: a construção metacancional, aquilo que está atrás da superfície do que é cantado. Ou melhor, aquilo que faz da superfície o profundo. Este ensaio é atravessado pela leitura atenta e analítica dos ensaios que compõem o livro Crítica e verdade, de Roland Barthes, e visa a lançar contribuições àquilo que se tem classificado de semiótica do discurso.Downloads
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Publicado
2012-06-08
Edição
Seção
Artigos
Licença
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Como Citar
Oliveira, L. D. de. (2012). Mentiras sinceras ou o canto do grão de amor. Estudos Semióticos, 8(1), 80-90. https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2012.49380