Le concept de la figure des parents combinés et l’identité de genre: réflexions psychanalytiques à partir de Melanie Klein
DOI :
https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v30i2p256-274Mots-clés :
identité de genre, fantaisie des parents combines, Melanie KleinRésumé
Cet article vise à explorer et à discuter la fantaisie infantile découverte par Klein, appelée la figure des parents combinés, et ses possibles relations avec la constitution de l’identité de genre. Pour cela, un parcours a été effectué dans l’œuvre kleinienne en utilisant comme méthodologie le type de recherche en psychanalyse appelé recherche-investigation, où un concept ou un thème est suivi dans sa formulation ainsi que dans ses développements épistémologiques et théorico-techniques, tant dans l’œuvre originale que dans celles qui en sont directement dérivées ou influencées. Il a ainsi été observé que la figure des parents combinés, qui représente dans la psyché infantile l’union et l’entrelacement de la mère et du père – formant un être monstrueux et énigmatique que l’enfant doit déchiffrer – se trouve également à la racine des premières identifications de l’enfant avec ses parents, constituant le début du surmoi, du complexe d’Œdipe primitif et, en même temps, le noyau de l’identité de genre. Contrairement à la structure identificatoire plus rigide et binaire impliquée dans le complexe d’Œdipe traditionnel, la dynamique plus primitive introduite par la fantaisie des parents combinés offrirait à l’enfant une possibilité d’identifications de genre plus fluides et complexes, qui resteraient ancrées en lui comme un noyau prototypique pouvant être activé dans ses futures identifications.
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