Um lugar ... que admite a vida crua
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v30iespecialp%25pPalavras-chave:
autismos, educação, psicanáliseResumo
Em um retorno ao estilo clínico do Lugar de vida, este artigo aborda a trajetória da conjunção disjuntiva entre educar e clinicar, no tratamento de crianças que excedem, sobremaneira, os saberes instituídos. Tal estilo considera a especificidade com que cada criança, de certa maneira, é retida em pontos de colisão com a linguagem, sustendo uma posição subjetiva restrita à biunivocidade de circuitos-curtos. Cernindo os traços que a capturam ao operar a função da repetição e da transferência tais como concebidas pela psicanálise, esse estilo exponencia as sombras dos esparsos liames em que algo da criança se insinua na cinética do corpo para, com ela, construir outras modalidades de aproximação à alteridade, visando transpor a condição de ser falado para ser falante.
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