Negros saberes em festa: Ilê Aiyê e Olodum e suas (trans)formações
DOI:
https://doi.org/10.11606/extraprensa2020.173597Palavras-chave:
Ilê Aiyê, Olodum, Educação, Relações étnicas e raciais, Afro-brasileiros(as)Resumo
Este artigo discute sobre blocos afros do Carnaval de Salvador e seus contributos para a Educação e Relações Étnico-raciais, com ênfase na valorização positiva de sujeitos afro-brasileiros, em especial, Ilê Aiyê e Olodum. Consideramos, para tanto, históricas violências provenientes do racismo direcionado a negras e negros, no contexto brasileiro, geradoras da necessidade de se reiterar discursos contrários a tal situação. A partir de produções contemporâneas sobre o tema, realizamos pesquisa bibliográfica e análise das informações coletadas, com base em fundamentação teórica e crítica, em diálogo com o assunto em foco. O percurso metodológico adotado possibilitou o entendimento de representação de culturas negras no carnaval, educação para relações étnicas e raciais em instituições próprias, produções musicais negras e produções de materiais didáticos para afirmação de identidades negras como contributos do Ilê Aiyê e Olodum no que tange à educação e relações étnicas e raciais.
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