Notas sobre o pensamento decolonial e os estudos da comunicação
DOI:
https://doi.org/10.11606/extraprensa2021.181765Palavras-chave:
Decolonialidade, Comunicação, DescolonizaçãoResumo
A proposta deste artigo é de apresentar, por revisão bibliográfica, as contribuições do pensamento decolonial dentro do campo das ciências humanas e sociais como um novo movimento epistemológico e político. A partir de contribuições de autores que dialogam com essa proposta, o texto também pretende fazer interface com os estudos da comunicação como proposta decolonial em pontos epistemológicos e ação política de reconhecimento público de grupos marginalizados, abrindo outras discussões do campo.
Downloads
Referências
ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 2001.
BALLESTRIN, Luciana. América Latina e o giro decolonial. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, n. 11, p. 89-117, 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-33522013000200004.
BELTRÃO, Luiz. Folkcomunicação: a comunicação dos marginalizados. São Paulo: Cortez, 1980.
BELTRÃO, Luiz. Folkcomunicação: teoria e metodologia. São Bernardo do Campo: Umesp, 2004.
CASTRO-GÓMEZ, Santiago. Filosofía, ilustración y colonialidad. In: DUSSEL, Enrique; MENDIETA, Eduardo; BOHÓRQUEZ, Carmen. El pensamiento filosófico latinoamericano, del Caribe y “latino” (1300-2000). México: Siglo XXI: Centro de Cooperación Regional para la Educación de Adultos en América Latina y el Caribe, 2009. p. 130-142.
CASTRO-GÓMEZ, Santiago. El lado oscuro de la “época clásica”: filosofía, ilustración y colonialidad en el siglo XVIII. In: CHUKWUDI, Eze; HENRY, Paget; CASTRO-GÓMEZ, Santiago; MIGNOLO, Walter. El color de la razón: racismo epistemológico y razón imperial. 2. ed. Buenos Aires: Del Signo, 2014. p. 89-113.
COSTA-GÓMEZ, S. La hybris del punto cero: ciencia, raza e ilustración en la Nueva Granada (1750-1816). Bogotá: Centro Editorial Javeriano, 2005.
ESCOBAR, Arturo. Mundos y conocimientos de otro modo: el programa de investigación modernidad/colonialidad latinoamericano. Tabula Rasa, Bogotá, n. 1, p. 58-86, 2003.
FREIRE, Paulo. Extensão ou comunicação? 7. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
GRINSBERG, Máximo Simpson (org.) A comunicação alternativa na América Latina. Petrópolis: Vozes, 1987.
GROSFOGUEL, Ramón. Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. Revista Crítica de Ciências Sociais, Coimbra, n. 80, p. 115-147, 2008.
HALL, Stuart. Cultura e representação. Rio de Janeiro: Apicuri: PUC Rio, 2016.
KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. A queda do céu. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
LUGONES, María. Toward a decolonial feminism. Hypatia, Hoboken, v. 25, n. 4, p. 742-759, 2010.
MARQUES DE MELO, José. Comunicação: teoria e política. São Paulo: Summus, 1985.
MARQUES DE MELO, José. Folkcomunicação. WOITOWICZ, Karina Janz; GADINI, Sérgio Luiz. Noções básicas de folkcomunicação: conceitos e expressões. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2007. p. 21-24.
MÁRQUEZ, M. Cruz Tornay. Comunicación, subalternidad y género: experiencias comunicativas comunitarias de mujeres afrodescendientes e indígenas en América Latina. 2017. Tese (Doutorado em Comunicação). Universidad de Sevilla, Sevilla, 2017.
MIGNOLO, Walter. Introducción. In: CHUKWUDI, Eze; HENRY, Paget; CASTRO-GÓMEZ, Santiago; MIGNOLO, Walter. El color de la razón: racismo epistemológico y razón imperial. 2. ed. Buenos Aires: Del Signo, 2014. p. 9-18.
PASQUALI, Antonio. Sociologia e comunicação. Petrópolis: Vozes, 1973.
QUIJANO, Anibal. Colonialidad y modernidad/racionalidad. In: BONILLA, Heradio (org.). Los conquistados: 1492 y la población indígena de las Américas. Bogotá: Tercer Mundo, 1992. p. 437-447.
REIS, Maurício de Novais; ANDRADE, Marcilea Freitas Ferraz de. O pensamento decolonial: análise, desafio e perspectivas. Revista Espaço Acadêmico, Maringá, n. 202, p. 1-11, 2018.
ROSEVICS, Larissa. Do pós-colonial à decolonialidade. In: CARVALHO, Glauber Cardoso; ROSEVICS, Larissa (org.). Diálogos internacionais: reflexões críticas do mundo contemporâneo. Rio de Janeiro: Perse, 2017. p. 240-265.
ROUDINESCO, Elizabeth. A parte obscura de nós mesmos: a história dos perversos. Belo Horizonte: Zahar, 2008.
SAID, Edward W. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula. Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2009.
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
TORRICO, Erick. Hacia la Comunicación decolonial. Bolivia: Universidad Andina Simón Bolívar, 2016a.
TORRICO, Erick. La comunicación decolonial, perspectiva in/surgente. Revista Latinoamericana de Ciencia de la Comunicación, São Paulo, v. 15, n. 28, p. 72-81, 2018.
TORRICO, Erick. La comunicación em clave latinoamericana. Chasqui, Quito, n. 132, p. 23-36, 2016b.
TORRICO, Erick. Para uma comunicação ex-cêntrica. MATRIZes, v. 13, n. 3, p. 89-107, 2019.
WOITOWICZ, Karina Janz. Grupos marginalizados. In: WOITOWICZ, Karina Janz; GADINI, Sérgio Luiz (org.). Noções básicas de folkcomunicação: conceitos e expressões. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2007. p. 59-63.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Muriel Emídio Pessoa do Amaral
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Ao submeter qualquer material científico para Extraprensa, o autor, doravante criador, aceita licenciar seu trabalho dentro das atribuições do Creative Commons, na qual seu trabalho pode ser acessado e citado por outro autor em um eventual trabalho, porém obriga a manutenção de todos os autores que compõem a obra integral, inclusive aqueles que serviram de base para o primeiro.
Toda obra aqui publicada encontra-se titulada sob as seguintes categorias da Licença Creative Commons (by/nc/nd):
- Atribuição (de todos os autores que compõem a obra);
- Uso não comercial em quaisquer hipóteses;
- Proibição de obras derivadas (o trabalho não poderá ser reescrito por terceiros. Apenas textos originais são considerados);
- Distribuição, exibição e cópia ilimitada por qualquer meio, desde que nenhum custo financeiro seja repassado.
Em nenhuma ocasião a licença de Extraprensa poderá ser revertida para outro padrão, exceto uma nova atualização do sistema Creative Commons (a partir da versão 3.0). Em caso de não concordar com esta política de Direito Autoral, o autor não poderá publicar neste espaço o seu trabalho, sob pena de o mesmo ser removido do conteúdo de Extraprensa.