Coletivos de mulheres artistas como espaços de aparição na sociedade capitalista

Autores

  • Juliana Ben Brizola da Silva Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.11606/extraprensa2022.193489

Palavras-chave:

Coletivos, Mulheres, Artistas, Ativismo, Afetos

Resumo

Este trabalho apresenta análises e percepções iniciais sobre formas criativas e feministas de resistência ao capitalismo, produzidas por coletivos de mulheres artistas na contemporaneidade. A emergência de coletivos de arte ativistas – a maioria formada por mulheres e por pessoas LGBTQIA+ – evidencia novos modos de resistência e de existência na sociedade capitalista; se eles surgem como reação à ideologia dominante e à onda de regimes autoritários, eles também aparecem apesar do capitalismo e dos fascismos contemporâneos, figurando como espaços de aparição, nos termos de Butler (2012). Processo criativo e atuação política se entrelaçam nas obras, práticas e reflexões produzidas nestes coletivos, nos revelando uma sensibilidade artística intrinsecamente vinculada aos afetos, mostrando que as emoções têm uma importância na política. Interessa-me perceber como os afetos são mobilizados na prática ativista e como a atuação dos coletivos pode apontar caminhos para a transformação social.

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Biografia do Autor

  • Juliana Ben Brizola da Silva, Universidade Federal de Santa Catarina

    Doutoranda no Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH),
    UFSC.

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Publicado

2022-05-31

Como Citar

Silva, J. B. B. da. (2022). Coletivos de mulheres artistas como espaços de aparição na sociedade capitalista. Revista Extraprensa, 15(Especial), 608-621. https://doi.org/10.11606/extraprensa2022.193489