A outridade subversiva: reflexões para uma categoria autóctone às negras brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.11606/extraprensa2022.194246Palavras-chave:
Feminismo, Mulherismo africana, Amefricanidade, Mulher negra, RaçaResumo
Este artigo apresenta uma breve reflexão sobre a necessidade da criação de categorias epistemológicas autônomas às realidades de mulheres negras brasileiras. Por meio de um giro crítico às linhas de pensamento dos feminismos – branco, negro, decolonial e interseccional - além do Mulherismo Africana, de Clenora Hudson-Weems, este trabalho reivindica a aplicação da categoria de Amefricanidade, desenvolvida por Lélia Gonzalez, como exequível à realidade brasileira. A metodologia adotada neste texto está fundamentada na revisão bibliográfica, nos dados quantitativos-descritivos e nos diálogos contínuos dentro comunidade negra.
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