O empreendedorismo étnico como estratégia de sobrevivência e autonomia para mulheres negras migrantes
DOI:
https://doi.org/10.11606/extraprensa2024.232580Palavras-chave:
Empreendedorismo étnico, Mulheres negras migrantes, Racismo, Sexismo, Precarização do trabalho, Migração internacional, Identidade culturalResumo
O ensaio analisa o empreendedorismo étnico como estratégia de sobrevivência e resistência para mulheres negras migrantes no Brasil, diante de barreiras estruturais como racismo, sexismo e exclusão do mercado de trabalho formal. O texto destaca a perpetuação das desigualdades coloniais e os desafios da precarização laboral. O empreendedorismo surge como ferramenta de autonomia, permitindo a afirmação cultural e a geração de renda. Contudo, expõe a precariedade enfrentada, com migrantes à margem, sem acesso a direitos trabalhistas, evidenciando a necessidade de políticas inclusivas.
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