Sobre a possibilidade de reflexão ética fora da abrangência da crítica nietzschiana à moral
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v21i1p117-129Palavras-chave:
abrangência da crítica, reflexão ética, valoração práticaResumo
O artigo reconstrói duas tentativas de delimitação da abrangência da crítica nietszchiana à moralidade: a primeira atribui a Nietzsche uma rejeição radical da moral, associando-o a uma perspectiva imoralista; a segunda defende que a crítica do filósofo se dirige a uma moralidade específica, oriunda da tradição platônica/cristã. Após reconstruir as duas abordagens, apresenta-se uma interpretação alternativa que mostra que, embora a crítica nietszchiana vise toda moral centrada na noção de obrigação, nem por isso ela esgota o domínio da valoração prática.Downloads
Referências
Clark, M. (1994). “Nietzsche’s Immoralism and the Concept of Morality”. In: Schacht, R. (ed.) Nietzsche, Genealogy, Morality. Berkeley: University of California Press, pp.15-34.
___________. (2001). “On the Rejection of Morality: Bernard William’s Debt to Nietzsche”. In: Schacht, R. (ed.) Nietzsche’s Postmoralism. Cambridge: Cambridge University Press, pp.100–122.
Conway, D. (1989). Literature as life: Nietzsche’s positive morality. International Studies in Philosophy, 21(2), p.41.
Foot, P. (1973). “Nietzsche: The Revaluation of Values”. In: Solomon, R. (ed.). Nietzsche: A Collection of Critical Essays. South Bend: University of Notre Dame Press, pp.156-168.
___________. (1994). “Nietzsche’s Immoralism”. In: Schacht, R. (ed.) Nietzsche, Genealogy, Morality. Berkeley: University of California Press, pp.3-14.
Giacóia Júnior, O. (2013). Nietzsche: o humano como memória e como promessa. Petrópolis: Vozes.
Leiter, B. (1992). Nietzsche and Aestheticism. Journal of the History of Philosophy, 30, pp.275-290.
___________. (1995). Morality in the Pejorative Sense. On the Logic of Nietzsche’s Critique of Morality. British Journal for the History of Philosophy, 3, pp.113-145.
___________. (1997). Nietzsche and the Morality Critics. Ethics, 107, pp.250-285.
___________. (2002). Nietzsche on Morality. London: Routledge.
Lopes, R. A. (2013). Há espaço para uma concepção não moral da normatividade prática em Nietzsche?: notas sobre um debate em andamento. Cadernos Nietzsche, 33, pp.89-134.
Nehamas, A. (1985) Nietzsche: Life as Literature. Cambridge/Mass.: Harvard University Press.
Nietzsche, F. (2001). A Gaia Ciência. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras.
___________. (2003). Ecce Homo. Tradução de Marcelo Backes. Porto Alegre, L&PM.
___________. (2003). Escritos sobre educação. Tradução de Noeli Correia de Melo Sobrinho. São Paulo: Loyola.
___________. (2004). Aurora. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras.
___________. (2005). Além do bem e do mal. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras.
___________. (2007). O Anticristo e Ditirambos de Dionísio. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras.
___________. (2009a). Crepúsculo dos Ídolos. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras.
___________. (2009b). Genealogia da moral. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras.
___________. (2011). Assim falou Zaratustra. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras.
Ricoeur, P. (1995). “Ética e Moral”. In: Leituras 1: Em torno ao político. São Paulo: Loyola.
Robertson, S. (2011). A Nietzschean Critique of Obligation Centred Moral Theory. International Journal of Philosophical Studies, pp.563-591.
___________. (2012). “The Scope Problem – Nietzsche, the Moral, Ethical, and Quasi-Aesthetic”. In: Janaway, C. & Robertson, S. Nietzsche, Naturalism and Normativity. Oxford: OUP, pp.81-110.
Williams, B. (1985). Ethics and the Limits of Philosophy. Cambridge/Mass.: Harvard University Press.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
As informações e conceitos emitidos em textos são de absoluta responsabilidade de seus autores.
Todos os artigos anteriores a 5 de julho de 2018 e posteriores a julho de 2021 estão licenciados sob uma licença CC BY-NC-ND, exceto os publicados entre as datas mencionadas, que estão sob a licença CC BY-NC-SA. A permissão para tradução por terceiros do material publicado sob a licença CC BY-NC-ND poderá ser obtida com o consentimento do autor ou autora.
Políticas de acesso aberto - Diadorim