O conceito de liberdade e a unidade sistemática entre razão teórica e razão prática em Kant
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v19i2p27-37Palavras-chave:
Kant, liberdade, causalidade, razão práticaResumo
Na Crítica da razão prática, o conceito de liberdade, apontado como “pedra angular” para se conceber a unidade sistemática entre os usos teórico e prático da razão, apresenta um problema: sua realidade objetiva quanto aos objetos práticos suprassensíveis só pode ser pensada mediante a categoria de causalidade, cuja aplicação Kant havia limitado aos objetos sensíveis na primeira Crítica. Neste artigo pretendemos explicitar como Kant soluciona este problema a partir da diferenciação entre o uso teórico da categoria de causalidade, que envolve a determinação de objetos para conhecê-los, e a significação prática desta categoria, a partir da qual apenas concebemos a determinação da vontade a agir segundo a representação da lei moral.
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