Nomes deverbais não sufixados e os equívocos da falsa “derivação regressiva” no português brasileiro e europeu
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-9419.v20i1p31-46Palavras-chave:
Formação de palavras, Morfologia, Derivação, Nomes deverbais, Derivados regressivos, Língua portuguesaResumo
A formação de nomes deverbais não sufixados, como afronta, ajuste, despiste, desvio, embarque, engorda, esforço, gargarejo, murmurejo, passeio, voo, tem sido objeto de análises de natureza díspar, no que tange ao seu embasamento teórico e metodológico, à sua história, ao seu modo de construção e/ou à sua morfologia.
Neste estudo descrevem-se as questões fundamentais que a descrição destes suscita, os equívocos que ainda subsistem na sua abordagem, e propõem-se soluções metodológicas e teóricas que permitam um tratamento dos nomes deverbais não sufixados consentâneo com o conhecimento mais atualizado dos mesmos. Em 1. apresenta-se o objeto de estudo. Em 2. explora-se a relação cronológica dos nomes com os verbos de base. Em 3. problematiza-se a natureza morfológica da base verbal, bem como a morfologia dos nomes deverbais. Em 4. descrevem-se as áeras temáticas e o semantismo dos nomes deverbais não sufixados. Em 5. traça-se uma panorâmica do percurso deste processo derivacional não sufixal ao longo da história da língua, e avaliam-se as condições de subsistência deste mecanismo concorrencial com outros.
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