Diálogos com Marcuschi: sociocognição, argumentação e ensino
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-9419.v21i1p9-24Palavras-chave:
Sociocognição, Compreensão, Argumentação, EnsinoResumo
Os estudos que intercalam a ciência cognitiva às questões sobre as interações humanas via linguagens no Brasil têm, em Marcuschi, um de seus principais expoentes, em razão de o autor ter se dedicado, sobremaneira, aos mecanismos semânticos, pragmáticos, referenciais e inferenciais, constitutivos e constituintes dos discursos orais e escritos e de suas produções de sentido a partir de uma perspectiva sociocognitiva, que era pouco explorada na ocasião em que passou a desenvolver seus trabalhos na década de 70. Estabelecemos diálogos com esses estudos de Marcuschi, relacionando-os ao ensino de argumentação, a fim de compreendermos processos específicos de aprendizagem na área de Língua Portuguesa. Examinamos as respostas de uma atividade de ensino de argumentação, realizada por vinte e um alunos de primeiro ano de graduação com a atenção voltada para os mecanismos cognitivos e linguísticos ativados para a compreensão. Após as análises, podemos afirmar que o ensino-aprendizagem da argumentação deve levar em conta as etapas dos processos e das atividades cognitivas dos alunos, uma vez que é pela sua ativação que se podem compreender gêneros discursivos argumentativos, bem como se podem alcançar estados mentais determinados, mas não acabados, tal como o é a opinião.
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