Caminhos de um manuscrito setecentista: da Vila Real de Sabará à contemporaneidade
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-9419.v22iEspecialp93-112Palavras-chave:
Filologia portuguesa, Carta Régia, Edição semidiplomática, Fonte documentalResumo
O caminho percorrido por um manuscrito, desde a sua produção, até chegar à contemporaneidade, pode revelar marcas de ações políticas que decidiram pela sua preservação. Para ilustrar esse pressuposto, apresenta-se a Carta Régia ao Juiz e officiaes da Camara para a contribuiçaõ do subsidio voluntario, de 1755, e mais especificamente sua cópia, de 1777. Logo na criação do documento, notam-se preocupações com a sua longevidade e com a segurança de sua circulação, a partir da análise codicológica do manuscrito. O catálogo “Coleção Alberto Lamego”, do IEB – Instituto de Estudos Brasileiros – configura-se como instrumento fundamental para a análise das fases de transmissão desse manuscrito, pois indica lugares de pousos em arquivos onde também se evidenciam esforços para a sua preservação e divulgação. Os estudos paleográficos e diplomáticos fornecem informações que permitem deduzir do texto e do testemunho a sua autoria, datação e observância de certas fórmulas peculiares dessa espécie documental, tornando possível a verificação de sua autenticidade e genuinidade, características imprescindíveis para que a edição semidiplomática do manuscrito possa ser utilizada como fonte documental segura para futuras pesquisas. Colecionadores, arquivistas, filólogos e demais pesquisadores são coautores nessa importante tarefa de transmitir documentos a gerações futuras.
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