Patência nasal e postura craniocervical em crianças em idade escolar
DOI:
https://doi.org/10.1590/1809-2950/17648424032017Palavras-chave:
Respiração Bucal, Nasal Obstruction, Fotogrametria, PosturaResumo
Mudanças na postura da cabeça têm sido observadas como um mecanismo de compensação para a perda de fluxo de ar nasal. Este estudo teve como objetivo comparar a postura craniocervical entre crianças com patência nasal normal e reduzida e patência nasal correlacionada com postura craniocervical. Crianças de seis a doze anos passaram por avaliações de patência nasal e craniocervical. As medidas biofotogramétricas de postura craniocervical utilizadas foram distância cervical (CD), alinhamento horizontal cabeça (HHA) e flexo-extensão da cabeça (FE), avaliadas pelo software SAPO (v.0.68). A patência nasal foi medida utilizando o medidor de pico de fluxo inspiratório nasal (PNIF) e escala de avaliação dos sintomas de obstrução nasal (NOSE). Cento trinta e três crianças foram distribuídas em dois grupos: G1 (patência nasal normal - PNIF superior a 80% do valor previsto) com 90 crianças; G2 (patência nasal reduzida - PNIF menor que 80% do valor previsto) com 43 crianças. Não foram encontradas diferenças entre os grupos nas medidas CD e HHA. FE foi significativamente superior em G2 do que em G1 (p=0,023). Foram encontradas fraca correlação negativa entre FE e %PNIF (r=-0,266; p = 0,002) e fraca correlação positiva entre CD e PNIF (r=0,209; p=0,016). A contagem NOSE foi negativamente correlacionada com o PNIF (r =-0,179; p=0,039). Crianças com patência nasal reduzida apresentaram maior extensão de cabeça. Este desvio postural é propenso a aumentar à medida que o fluxo de ar nasal diminui, o que indica a relação entre postura craniocervical e patência nasal. Valores mais baixos de PNIF refletem sobre problemas adicionais causados por sintomas de obstrução nasal.Downloads
Referências
Fernandes SSC, Andrade CR, Ibiapina CC. Application of
peak nasal inspiratory flow reference values in treatment
of allergic rhinitis. Rhinology. 2014;52(2):133-6. doi: 10.4193/
Rhino13.158.
Chohan A, Lal A, Chohan K, Chakravarti A, Gomber S.
Systematic review and meta-analysis of randomized
controlled trials on the role of mometasone in adenoid
hypertrophy in children. Int J Pediatr Otorhinolaryngol.
;79(10):1599-608. doi: 10.1016/j.ijporl.2015.07.009.
Franco LP, Souki BQ, Cheib PL, Abrão M, Pereira TBJ, Becker
HMG, et al. Are distinct etiologies of upper airway obstruction
in mouth-breathing children associated with different
Milanesi et al. Nasal patency and craniocervical posture
cephalometric patterns? Int J Pediatr Otorhinolaryngol.
;79(2):223-8. doi: 10.1016/j.ijporl.2014.12.013.
Ardehali MM, Zarch VV, Joibari ME, Kouhi A. Cephalometric
assessment of upper airway effects on craniofacial
morphology. J Craniofac Surg. 2016;27(2):361-4. doi: 10.1097/
SCS.0000000000002388.
Silveira W, Mello FCQ, Guimarães FS, Menezes SLS. Alterações
posturais e função pulmonar de crianças respiradoras bucais.
Braz J Otorhinolaryngol [Internet]. 2010 [acesso em 17 ago.
;76(6):683-6. Disponível em: https://goo.gl/7UUXYd
Okuro RT, Morcillo AM, Sakano E, Schivinski CIS, Ribeiro
MAGO, Ribeiro JD. Capacidade ao exercício, mecânica
respiratória e postura em respiradores bucais. Braz J
Otorhinolaryngol [Internet]. 2011 [acesso em 17 ago.
;77(5):656-62. Disponível em: https://goo.gl/BYC7NS
Sforza C, Colombo A, Turci M, Grassi G, Ferrario VF. Induced
oral breathing and craniocervical postural relations: an
experimental study in healthy young adults. Cranio.
;22(1):21-6. doi: 10.1179/crn.2004.004.
Milanesi JM, Borin G, Corrêa ECR, Silva AMT, Bortoluzzi DC,
Souza JA. Impact of the mouth breathing occurred during
childhood in the adult age: biophotogrammetric postural
analysis. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2011;75(8):999-1004.
doi: 10.1016/j.ijporl.2011.04.018.
Teixeira RUF, Zappelini CEM, Alves FS, Costa EA. Avaliação
do peak flow nasal inspiratório como método objetivo de
mensuração do fluxo de ar nasal. Braz J Otorhinolaryngol
[Internet]. 2011 [acesso em 17 ago. 2017];77(4):473-80.
Disponível em: https://goo.gl/nzg95k
Bezerra TF, Pádua FG, Pilan RR, Stewart MG, Voegels RL.
Cross-cultural adaptation and validation of a quality of life
questionnaire: the nasal obstruction symptom evaluation
questionnaire. Rhinology. 2011;49(2):227-31. doi: 10.4193/
Rhino10.019.
Souza JA, Pasinato F, Corrêa ECR, Silva AMT. Global body
posture and plantar pressure distribution in individuals with
and without temporomandibular disorder: a preliminary
study. J Manipulative Physiol Ther. 2014;37(6):407-14.
doi: 10.1016/j.jmpt.2014.04.003.
Bolzan GP, Silva AMT, Boton LM, Corrêa ECR. Estudo das
medidas antropométricas e das proporções orofaciais em
crianças respiradoras nasais e orais de diferentes etiologias.
Rev Soc Bras Fonoaudiol [Internet]. 2011 [acesso em 17 ago.
;16(1):85-91. Disponível em: https://goo.gl/Bei1ks
Weber P, Corrêa ECR, Milanesi JM, Soares JC, Trevisan
MA. Craniocervical posture: cephalometric and
biophotogrammetric analysis. Braz J Oral Sci [Internet]. 2012
[acesso em 17 ago. 2017];11(3):416-21. Disponível em: https://
goo.gl/9fZVLG
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.
Diretrizes para testes de função pulmonar. J Bras Pneumol.
;28(3):S1-S238.
American Thoracic Society. Lung function testing: selection
of reference values and interpretative strategies. Am Rev
Respir Dis. 1991;144(5):1202-18. doi: 10.1164/ajrccm/144.5.1202.
Trevisan MA, Bellinaso JH, Pacheco AB, Augé LB,
Silva AMT, Corrêa ECR. Modo respiratório, patência
nasal e dimensões palatinas. CoDAS. 2015;27(2):201-6.
doi: 10.1590/2317-1782/20152014177.
Ibiapina CC, Andrade CR, Camargos PAM, Alvim CG, Cruz AA.
Reference values for peak nasal inspiratory flow in children
and adolescents in Brazil. Rhinology. 2011;49(3):304-8.
doi: 10.4193/Rhino10.266.
Landis JR, Koch GG. The measurement of observer
agreement for categorical data. Biometrics 1977;33(1):159-77.
Chan YH. Biostatistics 104: correlational analysis. Singapore
Med J [Internet]. 2003 [acesso em 17 ago. 2017];44(12):614-
Disponível em: https://goo.gl/MhDfCs
Weber P, Corrêa ECR, Ferreira FS, Milanesi JM, Trevisan MA.
Análise da postura craniocervical de crianças respiradoras
bucais após tratamento postural em bola suíça. Fisioter
Pesq [Internet]. 2012 [acesso em 17 ago. 2017];19(2):109-14.
Disponível em: https://goo.gl/pf9xkM
Huggare JA, Laine-Alava MT. Nasorespiratory function
and head posture. Am J Orthod Dentofacial Orthop.
;112(5):507-11.
Tecco S, Capuli S, Festa F. Evaluation of cervical posture
following palatal expansion: a 12-month follow-up controlled
study. Eur J Orthod. 2007;29(1):45-51. doi: 10.1093/ejo/cjl021.
Cuccia AM, Lotti M, Caradonna D. Oral breathing
and head posture. Angle Orthod. 2008;78(1):77-82.
doi: 10.2319/011507-18.1.
Corrêa ECR, Bérzin F. Mouth breathing syndrome: cervical
muscles recruitment during nasal inspiration before and
after respiratory and postural exercises on swiss ball. Int J
Pediatr Otorhinolaryngol. 2008;72(9):1335-43. doi: 10.1016/j.
ijporl.2008.05.012.
Melo DL, Santos RVM, Perilo TVC, Becker HMG, Motta AR.
Avaliação do respirador oral: uso do espelho de Glatzel e
do peak nasal inspiratory flow. CoDAS 2013;25(3):236-41.
doi: 10.1590/S2317-17822013000300008.
Ottaviano G, Scadding GK, Scarpa B, Accordi D, Staffieri
A, Lund VJ. Unilateral peak nasal inspiratory flow, normal
values in adult population. Rhinology. 2012;50(4):386-92.
doi: 10.4193/Rhino12.071.
Mozzanica F, Urbani E, Atac M, Scottà G, Luciano K,
Bulgheroni C, et al. Reliability and validity of the italian
nose obstruction symptom evaluation (I-NOSE) scale. Eur
Arch Otorhinolaryngol. 2013;270(12):3087-94. doi: 10.1007/
s00405-013-2426-z.
Larrosa F, Roura J, Dura MJ, Guirao M, Alberti A, Alobid I.
Adaptation and validation of the spanish version of the Nasal
Obstruction Symptom Evaluation (NOSE) scale. Rhinology.
;53(2):176-80. doi: 10.4193/Rhin14.137.
Zicari AM, Occasi F, Montanari G, Indinnimeo L, De Castro
G, Tancredi G, et al. Intranasal budesonide in children
affected by persistent allergic rhinitis and its effect on
nasal patency and Nasal Obstruction Symptom Evaluation
(NOSE) score. Curr Med Res Opin. 2015;31(3):391-6.
doi: 10.1185/03007995.2015.1009532.
Yilmaz MS, Guven M, Akidil O, Kayabasoglu G, Demir D,
Mermer H. Does septoplasty improve the quality of life in
children? Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2014;78(8):1274-6.
doi: 10.1016/j.ijporl.2014.05.009
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2017 Fisioterapia e Pesquisa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.