Avaliação da modulação autonômica cardíaca no processo de enchimento da bexiga em mulheres com incontinência urinária: perspectiva da fisioterapia

Autores

  • Juliana Falcão Padilha Universidade Federal do Pampa; curso de Fisioterapia
  • Melissa Medeiros Braz Universidade Federal de Santa Maria; Departamento de Fisioterapia
  • Enio Júnior Seidel Universidade Federal de Santa Maria; Departamento de Estatística
  • Giovana Zarpellon Mazo Universidade do Estado de Santa Catarina; Centro de Ciências da Saúde e do Esporte; Departamento de Educação Física
  • Jefferson Luiz Brum Marques Universidade Federal de Santa Catarina; Departamento de Engenharia Elétrica
  • Cláudia Mirian de Godoy Marques Universidade do Estado de Santa Catarina; Centro de Ciências da Saúde e do Esporte; Departamento de Ciências da Saúde

DOI:

https://doi.org/10.1590/1809-2950/16196024042017

Palavras-chave:

Incontinência Urinária, Variabilidade da Frequência Cardíaca, Sistema Nervoso Autônomo, Fisioterapia, Saúde da Mulher

Resumo

Comparou-se o comportamento do sistema nervoso autônomo, por meio da variabilidade da frequência cardíaca (VFC), durante as fases de enchimento vesical de mulheres com e sem incontinência urinária (IU). Aplicou-se o International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form, para autodiagnóstico de IU. Para análise da VFC utilizaram-se registros de eletrocardiograma (ECG), sendo 6 registros durante o enchimento vesical. Para quantificar a VFC utilizaram-se os métodos: domínio do tempo (milissegundos); frequência (Hertz) e medidas não lineares. A estes parâmetros aplicou-se transformação logarítmica (Log). Na comparação de médias de dados normais utilizou-se teste t e para os dados não normais o teste de Mann-Whitney. Participaram 64 mulheres (64,8±6,73 anos), 33 com IU e 31 continentes. A variável logaritmo da razão dos componentes LF e HF (LogLH/HF) foi significativamente maior (p<0,05) no grupo continente em todos os momentos do enchimento vesical. A capacidade volumétrica vesical foi significativamente maior nas mulheres continentes (p=0,0015). A análise no domínio da frequência demonstrou redução da função simpática e aumento do parassimpático nas mulheres incontinentes. As mulheres continentes apresentaram melhor balanço autonômico durante todo processo de enchimento vesical, em comparação às incontinentes. A redução da função simpática, bem como o aumento da função parassimpática nas incontinentes, pôde ser reportada para uma diminuição da capacidade de relaxamento do detrusor e um aumento das contrações, ainda na fase de enchimento vesical, ambos associados à IU.

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Publicado

2017-12-12

Edição

Seção

Pesquisa Original

Como Citar

Avaliação da modulação autonômica cardíaca no processo de enchimento da bexiga em mulheres com incontinência urinária: perspectiva da fisioterapia. (2017). Fisioterapia E Pesquisa, 24(4), 363-370. https://doi.org/10.1590/1809-2950/16196024042017