Comparação da severidade do déficit neurológico de pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico agudo submetidos ou não à terapia trombolítica

Autores

  • Laíde Hanauer Centro Universitário Metodista
  • Débora Schmidt Hospital de Clínicas de Porto Alegre. RS. Brasil
  • Raquel Estauber de Miranda Centro Universitário Metodista
  • Marcelo Krás Borges Centro Universitário Metodista

DOI:

https://doi.org/10.1590/1809-2950/18020425022018

Palavras-chave:

Acidente Vascular Cerebral, Manifestações Neurológicas, Avaliação

Resumo

O acidente vascular cerebral é responsável por elevadas taxas de mortalidade e dependência funcional em adultos. A terapia precoce com trombolítico intravenoso tem sido associada a um melhor prognóstico funcional. O objetivo deste estudo foi comparar a severidade do déficit neurológico de pacientes que receberam ou não terapia trombolítica após AVC. Foram avaliados 56 pacientes, 18 que receberam trombolítico (Grupo GT) e 38 que não receberam a terapia trombolítica (GNT). Os indivíduos foram avaliados na internação e na alta hospitalar (AH) quanto a severidade do déficit pela National Institutes of Health Stroke Scale (NIHSS). A média de idade da amostra estudada foi de 65,9±11,4 anos. Os pacientes do GT apresentaram melhora significativa no escore da NIHSS entre a internação e a AH (p=0,004), além de no momento da AH apresentarem déficit neurológico menos severo quando comparado ao GNT (p=0,028). A incidência de déficit moderado a grave foi menor no GT (p<0,005), sendo que 26,7% dos pacientes estavam sem déficit no momento da AH. Conclui-se que os pacientes que receberam trombolítico apresentaram melhor recuperação dos déficits neurológicos avaliados pela NIHSS quando comparado ao grupo que não recebeu terapia trombolítica.

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doi:10.1590/0034-7167.2015680107p

Publicado

2018-07-07

Edição

Seção

Pesquisa Original

Como Citar

Comparação da severidade do déficit neurológico de pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico agudo submetidos ou não à terapia trombolítica. (2018). Fisioterapia E Pesquisa, 25(2), 217-223. https://doi.org/10.1590/1809-2950/18020425022018