Pico de fluxo de tosse em crianças e jovens com atrofia muscular espinhal tipo II e tipo III

Autores

  • Carla Peixoto Vinha de Souza Unversidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ. RJ. Brasil
  • Regina Kátia Cerqueira Ribeiro Instituto Benjamin Constant (IBC), Departamento de Educação do Rio de Janeiro RJ. Brasil
  • Luana do Valle Lima Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro https://orcid.org/0000-0002-2201-1419
  • Clemax Couto Sant’Anna Universidade Federal do Rio de Janeiro. Faculdade de Medicina. RJ. Brasil https://orcid.org/0000-0001-8732-8065
  • Alexandra Prufer de Queiroz Campos Araújo Universidade Federal do Rio de Janeiro. Faculdade de Medicina. RJ. Brasil

DOI:

https://doi.org/10.1590/1809-2950/18002025042018

Palavras-chave:

Atrofia Muscular Espinhal, Pico do Fluxo Expiratório, Tosse

Resumo

A atrofia muscular espinhal é uma doença neurodegenerativa, que pode cursar com insuficiência respiratória progressiva. O objetivo deste trabalho é descrever o pico de fluxo de tosse de crianças e jovens com atrofia muscular espinhal dos tipos II e III. Trata-se de um estudo transversal descritivo realizado em ambulatório de neuropediatria entre março de 2011 e maio de 2012, com pacientes com atrofia muscular e espinhal dos tipos II e III com mais de 5 anos de idade. Dos 53 pacientes elegíveis, 21 participaram da pesquisa. A medição do pico de fluxo de tosse foi realizada através do peak flow meter com os pacientes sentados e deitados. Após registradas três medidas, foi selecionada a maior entre elas. Os indivíduos do tipo III alcançaram valores de pico de fluxo de tosse superiores aos dos indivíduos do tipo II. As medidas tomadas em posição sentada (AME tipo II 159,4 l/min; AME tipo III 287,9 l/min) foram superiores às medidas em posição deitada (AME tipo II 146,9 l/min; AME tipo III 257,5 l/min), com diferença significativa (p-valor=0,008 posição sentada e p=0,033 posição deitada). Concluiuse que indivíduos com AME tipo III apresentam maior PFT, principalmente quando sentados, em comparação com o tipo II.

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Biografia do Autor

  • Carla Peixoto Vinha de Souza, Unversidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ. RJ. Brasil

    Mestre em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

  • Regina Kátia Cerqueira Ribeiro, Instituto Benjamin Constant (IBC), Departamento de Educação do Rio de Janeiro RJ. Brasil

    Mestre em Saúde Materno-Infantil pela Universidade Federal Fluminense (UFF), professora do Instituto Benjamin Constant (IBC), Departamento de Educação do Rio de Janeiro

  • Luana do Valle Lima, Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro

    Fisioterapeuta do Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro

  • Clemax Couto Sant’Anna, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Faculdade de Medicina. RJ. Brasil

    Professor associado do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina e docente dos programas de pós-graduação de Clinica Médica e de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

  • Alexandra Prufer de Queiroz Campos Araújo, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Faculdade de Medicina. RJ. Brasil

    Pós-doutora, professora associada de Neuropediatria, Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

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Publicado

2018-11-12

Edição

Seção

Pesquisa Original

Como Citar

Pico de fluxo de tosse em crianças e jovens com atrofia muscular espinhal tipo II e tipo III. (2018). Fisioterapia E Pesquisa, 25(4), 432-437. https://doi.org/10.1590/1809-2950/18002025042018