Efeito das estações do ano no pico de fluxo expiratório de idosos institucionalizados e não institucionalizados
DOI:
https://doi.org/10.1590/1809-2950/18031826032019Palavras-chave:
Envelhecimento, Mudança Climática, Promoção da SaúdeResumo
As doenças respiratórias afetam milhões de pessoas, principalmente os idosos, e as mudanças climáticas estão entre os fatores predisponentes, interferindo na saúde dessa população. O objetivo deste estudo foi avaliar o pico de fluxo expiratório de idosos institucionalizados e não institucionalizados durante as quatro estações do ano. Estudo de coorte prospectivo com 67 idosos de ambos os sexos, residentes na cidade de Maringá (PR) e divididos em dois grupos: idosos institucionalizados (n=37) e idosos não institucionalizados (n=30). Os dados foram coletados durante um mês, uma vez por semana nas quatro estações do ano, totalizando 16 avaliações. O pico de fluxo expiratório foi avaliado com o equipamento peak flow meter. A comparação dos dois grupos de idosos foi feita por análise de variância de dois fatores utilizando o post-hoc de Bonferroni. A menor média de pico de fluxo expiratório para os idosos institucionalizados e não institucionalizados foi no verão (176,2±60,2 e 263,2±116,2), seguido pelo outono (193,4±59,5 e 287,5±118), inverno (215,3±82,5 e 291,5±08,4) e primavera (221,7±83,5 e 291,5±08,4). Conclui-se que o pico de fluxo expiratório de idosos varia de acordo com as estações do ano, porém os institucionalizados apresentam valores mais baixos. Os mais altos são encontrados na primavera, embora aquém do valor predito para os idosos de ambos os grupos.
Downloads
Referências
Cruz DM, Ohara DG, Castro SS, Jamami M. Internações
hospitalares, óbitos, custos com doenças respiratórias e sua
relação com alterações climáticas no município de São Carlos –
SP, Brasil. Medicina - Rib Preto. 2016;49(3):248-57. doi: 10.11606/
issn.2176-7262.v49i3p248-257
Rosa AM, Ignotti E, Hacon SDS, Castro HA. Analysis of
hospitalizations for respiratory diseases in Tangará da Serra,
Brazil. J Bras Pneumol. 2008;34(8):575-82. doi: 10.1590/
S1806-37132008000800006
Ribeiro H, Silva EN, Oliveira MA, Oliver SL. Ritmo climático e
geografia da saúde. Rev Geogr. 2016 [cited 2019 Jul 5];33(4):1-
Available from: https://periodicos.ufpe.br/revistas/
revistageografia/article/view/229307
Mendonça FA, Castelhano FJ. O clima e a poluição do ar por
PTS em Curitiba – PR. RDG. 2016;(spe):133-44. doi: 10.11606/
rdg.v0ispe.120677
Nascimento AP, Santos JM, Mill JG, Souza JB, Reis Júnior NC,
Reisen VA. Association between the concentration of fine
particles in the atmosphere and acute respiratory diseases
in children. Rev Saúde Pública. 2017;51(3):1-10. doi: 10.1590/
s1518-8787.2017051006523
Confalonieri UEC. Mudança climática global e saúde
humana no Brasil. Parcerias estratégicas. 2008 [cited 2019
Jul 5];13(27):323-50. Available from: http://seer.cgee.org.br/
index.php/parcerias_estrategicas/article/viewFile/333/327
Presto B, Presto LDDN. Fisioterapia respiratória: uma nova
visão. 3rd ed. Rio de Janeiro: Bruno Presto; 2007.
Silva JA, Fonseca MR, Melo MAV, Melo PM. O peak flow
expiratório em mulheres fumantes e não fumantes e suas
medidas de confiabilidade. Assobrafir Ciênc. 2015 [cited 2019
Jul 5];6(1):41-8. Available from: http://www.uel.br/revistas/uel/
index.php/rebrafis/article/view/19059/16189
Brucki SMD, Nitrini R, Caramelli P, Bertolucci PHF, Okamoto
IH. Sugestões para o uso do mini-exame do estado mental
no Brasil. Arq Neuropsiquiatr. 2003;61(3):777-81. doi: 10.1590/
S0004-282X2003000500014
Leiner GC, Abramowitz S, Small MJ, Stenby VB, Lewis WA.
Expiratory peak flow rate 1: standard values for normal subjects.
use as a clinical test of ventilatory function. Am Rev Respir Dis.
;88(5):644-51. doi: 10.1164/arrd.1963.88.5.644
Sousa TCM, Amancio F, Hacon SS, Barcellos C. Doenças sensíveis
ao clima no Brasil e no mundo: revisão sistemática. Rev Panam
Salud Pública. 2018;42:1-10. doi: 10.26633/RPSP.2018.85
Bunker A, Wildenhain J, Vandenbergh A, Henschke N,
Rocklöv J, Hajat S, et al. Effects of air temperature on climatesensitive mortality and morbidity outcomes in the elderly:
a systematic review and meta-analysis of epidemiological
evidence. EBioMedicine. 2016;6(1):258-68. doi: 10.1016/j.
ebiom.2016.02.034
Gasparrini A, Guo Y, Hashizume M, Kinney PL, Petkova
EP, Lavigne E, et al. Temporal variation in heat-mortality
associations: a multicountry study. Env Health Perspect.
;123(11):1200-7. doi: 10.1289/ehp.1409070
Achebak H, Devolder D, Ballester J. Heat-related mortality
trends under recent climate warming in Spain: a 36-year
observational study. PLoS Med. 2018;15(7):e1002617. doi: 10.1371/
journal.pmed.1002617
Ministerio de Sanidad, Consumo y Bienestar Social (ES). Plan
nacional de actuaciones preventivas por altas temperaturas: 2018.
Madrid; 2018 [cited 2018 Sep 13]. Available from: https://www.mscbs.
gob.es/ciudadanos/saludAmbLaboral/planAltasTemp/2018/docs/
Plan_Nacional_de_Exceso_de_Temperaturas_2018.pdf
Brasil. Ministério do Meio Ambiente. Plano nacional de adaptação
à mudança do clima: 2016. Brasília, DF; 2016 [cited 2018 Sep 13].
Available from: http://www.mma.gov.br/clima/adaptacao/
plano-nacional-de-adaptacao
Guo Y, Gasparrini A, Li S, Sera F, Vicedo-Cabrera AM, Coelho
MSZS, et al. Quantifying excess deaths related to heatwaves
under climate change scenarios: a multicountry time series
modelling study. PLoS Med. 2018;15(7):e1002629. doi: 10.1371/
journal.pmed.1002629
Limaye VS, Vargo J, Harkey M, Holloway T, Patz JA. Climate
change and heat-related excess mortality in the Eastern USA.
Ecohealth. 2018;15(3):485-96. doi: 10.1007/s10393-018-1363-0
Azevedo JVV, Santos CAC, Silva MT, Olinda RA, Santos DAS. Análise
das variações climáticas na ocorrência de doenças respiratórias
por influenza em idosos na região metropolitana de João Pessoa
– PB. Soc Nat. 2017;29(1):123-35. doi: 10.14393/SN-v29n1-2017-8
Miranda MJ. Análise temporal das internações por gripe
e pneumonia associadas às variáveis meteorológicas no
Município de São Paulo, SP. Rev Inst Geol. 2016;37(2):61-71.
doi: 10.5935/0100-929X.20160009
Moreira M, Monteiro A. Agravamento da saúde e vulnerabilidades
climáticas e socioeconómicas: indivíduos com AVC, dispneia
e asma e dor torácica (Porto, 2005-2008). Territorium.
;(23):23-41. doi: 10.14195/1647-7723_23_3
Ruivo S, Viana P, Martins C, Baeta C. Effects of aging on lung
function: a comparison of lung function in healthy adults and
the elderly. Rev Port Pneumol. 2009;15(4):629-53. doi: 10.1016/
S0873-2159(15)30161-6
Hyrkäs-Palmu H, Ikäheimo TM, Laatikainen T, Jousilahti P,
Jaakkola MS, Jaakkola JJ. Cold weather increases respiratory
symptoms and functional disability especially among patients
with asthma and allergic rhinitis. Sci Rep. 2018;8(1):10131.
doi: 10.1038/s41598-018-28466-y
Environmental Protection Agency (US). Una breve guía para
el moho la humedad y su hogar. Washington, DC; 2008 [cited
Sep 13]. Available from: https://espanol.epa.gov/sites/
production-es/files/2015-08/documents/moldguide_sp_1.pdf
Thomazelli LM, Vieira S, Leal AL, Sousa TS, Oliveira DBL, Golono
MA, et al. Vigilância de oito vírus respiratórios em amostras
clínicas de pacientes pediátricos no sudeste do Brasil. J Pediatr.
;83(5):422-8. doi: 10.1590/S0021-75572007000600005
Antunes MD, Bertolini SMMG, Nishida FS. Avaliação do
pico de fluxo expiratório em idosos institucionalizados e
não institucionalizados. Temas Saúde. 2018 [cited 2019
Jul 5];18(2):186-203. Available from: http://temasemsaude.
com/wp-content/uploads/2018/07/18212.pdf
Almeida AP, Cruz ICF. Patient diagnosed with impaired gas
exchange: systematized literature review. J Spec Nurs Care.
[cited 2019 Jul 5];9(1):1-11. Available from: http://www.
jsncare.uff.br/index.php/jsncare/article/view/2906/726
Porto EDO, Latuf MO. Relações entre o comportamento
climático e doenças respiratórias em Barreiras/BA. Geografia.
;26(2):164-81. doi: 10.5433/2447-1747.2017v26n2p164
Caldeira JB, Lima Junior NA, Sancho AG, Rosa JLS, Faria
D, Balthazar MC. Avaliação do pico de fluxo expiratório em
idosos autônomos institucionalizados e não institucionalizados.
Fisioter Bras. 2012;13(4):272-6. doi: 10.33233/fb.v13i4.549
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Fisioterapia e Pesquisa

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.