Déficits motores e preditores de perda de mobilidade ao final da internação em indivíduos com neurotoxoplasmose
DOI:
https://doi.org/10.1590/1809-2950/18017926042019Palavras-chave:
Toxoplasmose Cerebral, HIV, Transtornos MotoresResumo
A neurotoxoplasmose (NTX) é uma das principais doenças oportunistas presentes em indivíduos portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV). A doença promove lesões cerebrais focais com efeito de massa que podem gerar uma variedade de sequelas capazes de comprometer a realização das atividades da vida diária, dentre elas, a deambulação. O objetivo deste estudo foi verificar os principais déficits motores apresentados e identificar os fatores de risco para a perda de mobilidade ao final da internação. Trata-se de um estudo observacional cuja amostra foi composta por dados de prontuários de indivíduos portadores do vírus HIV e diagnóstico de NTX. Foi realizada a revisão de prontuários eletrônicos e a classificação da mobilidade hospitalar, além da coleta de dados clínicos e epidemiológicos. Aplicou-se estatística descritiva e regressão logística binária. Foram avaliados 161 prontuários, com prevalência do sexo masculino e mediana de idade de 39 anos. Os déficits motores na admissão foram a ausência de deambulação (42,9%), hemiparesia (42,3%), paresia de membros inferiores (37,3%), déficit de equilíbrio (35,4%). Ao final da internação 32,9% não deambulavam. Os preditores para perda da mobilidade ao final da internação foram: utilização de ventilação mecânica invasiva (VMI), inclusão no programa de cuidados paliativos e não deambular na admissão. Os principais déficits motores foram a ausência de deambulação, a hemiparesia à direita e o déficit de equilíbrio.
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