A duração e a frequência da prática de atividade física interferem no indicativo de sarcopenia em idosos?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1809-2950/19004527012020

Palavras-chave:

Envelhecimento, Atividade Motora, Sistema Musculoesquelético

Resumo

A sarcopenia é uma síndrome caracterizada pela perda progressiva de massa muscular e está associada a desfechos adversos na saúde de idosos. A atividade física tem sido apontada como uma importante ferramenta para a prevenção da sarcopenia. Diante disso, este estudo investigou a relação da duração e frequência da prática de atividade física com os indicativos de sarcopenia de idosos. Participaram deste estudo transversal 551 idosos praticantes de atividade física nas academias da terceira idade do município de Maringá (PR). Como instrumentos foram utilizados o international physical activity questionnaire (IPAQ) e o SARC-F. A análise dos dados foi conduzida por meio dos testes de Kolmogorov-Smirnov, correlação de Spearman e a análise de equações estruturais (p<0,05). Os resultados evidenciaram que os idosos deste estudo realizam atividades físicas leves (Md=3) e moderadas (Md=2) semanalmente, mas não praticam atividades vigorosas (Md=0), e apresentam baixo indicativo de sarcopenia (Md=1). A análise de equações estruturais revelou que as variáveis de atividades leves e moderadas apresentaram associação significativa (p<0,05), e negativa com o escore de indicativo de sarcopenia, entretanto fraca (β<0,20), explicando 7% da sua variabilidade. Concluiu-se que a prática de atividades física leves e moderadas parece ser fator interveniente no indicativo de sarcopenia em idosos.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Cruz-Jentoft AJ, Bahat G, Bauer J, Boirie Y, Bruyère O,

Cederholm T, et al. Sarcopenia: revised European consensus

on definition and diagnosis. Age Ageing. 2019;48(1):16-31. doi:

1093/ageing/afy169

Vlietstra L, Hendrickx W, Waters DL. Exercise interventions

in healthy older adults with sarcopenia: A systematic review

and meta-analysis. Australas J Ageing. 2018;37(3):169-83.

doi: 10.1111/ajag.12521

Pongpipatpaiboon K, Kondo I, Onogi K, Mori S, Ozaki K,

Osawa A, et al. Preliminary study on prevalence and

associated factors with sarcopenia in a geriatric hospitalized

rehabilitation setting. J Frailty Aging. 2018;7(1):47-50. doi:

14283/jfa.2017.40

Filippin LI, Miraglia F, Teixeira VNO, Boniatti MM. Timed up and

go test no rastreamento da sarcopenia em idosos residentes

na comunidade. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2017;20(4):561-6.

doi: 10.1590/1981-22562017020.170086

Cruz-Jentoft AJ, Landi F, Schneider SM, Zúñiga C, Arai H,

Boirie Y, et al. Prevalence of and interventions for sarcopenia in

ageing adults: a systematic review: report of the International

Sarcopenia Initiative (EWGSOP and IWGS). Age Ageing.

;43(6):748-59. doi: 10.1093/ageing/afu115

Oliveira DV, Lima MCC, Oliveira GVN, Bertolini SMMG,

Nascimento JRA Jr, Cavaglieri CR. Is sedentary behavior an

intervening factor in the practice of physical activity in the

elderly? Rev Bras Geriatr Gerontol. 2018;21(4):472-9. doi:

1590/1981-22562018021.180091

Folstein MF, Folstein SE, McHugh PR. “Mini-mental state”: a

practical method for grading the cognitive state of patients

for the clinician. J Psychiatr Res. 1975;12(3):189-98. doi:

1016/0022-3956(75)90026-6

Brucki SMD, Nitrini R, Caramelli P, Bertolucci PHF, Okamoto

IH. Sugestões para o uso do mini-exame do estado mental

no Brasil. Arq Neuropsiquiatr. 2003;61(3B):777-81. doi:

1590/S0004-282X2003000500014

Matsudo S, Araújo T, Matsudo V, Andrade D, Andrade E,

Oliveira LC, et al. Questionário internacional de atividade

f1sica (IPAQ): estudo de validade e reprodutibilidade

no Brasil. Rev Bras Ativ Fis Saude. 2001;6(2):5-18. doi:

12820/rbafs.v.6n2p5-18

Malmstrom TK, Miller DK, Simonsick EM, Ferrucci L, Morley JE.

SARC-F: a symptom score to predict persons with sarcopenia

at risk for poor functional outcomes. J Cachexia Sarcopenia

Muscle. 2016;7(1):28-36. doi: 10.1002/jcsm.12048

Barbosa-Silva TG, Menezes AMB, Bielemann RM, Malmstrom TK,

Gonzalez MC. Enhancing SARC-F: improving sarcopenia

screening in the clinical practice. JAMDA. 2016;17(12): 1136-41.

doi: 10.1016/j.jamda.2016.08.004

Marôco J. Análise de equações estruturais: fundamentos teóricos,

software & aplicações. Pêro Pinheiro: ReportNumber; 2010.

MacCallum RC, Browne MW, Sugawara HM. Power

analysis and determination of sample size for covariance

structure modeling. Psychol Methods. 1996;1(2):130-49. doi:

1037/1082-989X.1.2.130

Kline RB. Principles and practice of structural equation

modeling. 4th ed. New York: Guilford publications; 2015.

Torquato E, Gerage A, Meurer S, Borges R, Silva M, Benedetti T.

Comparação do nível de atividade física medido por acelerômetro

e questionário IPAQ em idosos. Rev Bras Ativ Fis Saude.

;21(2):144-53. doi: 10.12820/rbafs.v.21n2p144-153

National Center for Health Statistics (US). Health, United States,

: with special feature on adults aged 55-64. Hyattsville:

NCHS; 2015.

Osuka Y, Matsubara M, Hamasaki A, Hiramatsu Y, Ohshima H,

Tanaka K. Development of low-volume, high-intensity, aerobictype interval training for elderly Japanese men: a feasibility study.

Eur Rev Aging Phys Act. 2017;14(1):14. doi: 10.1186/s11556-017-0184-4

Raso V, Greve JM, Polito MD. Pollock: fisiologia clínica do

exercício. Barueri: Editora Manole; 2013.

Cruz-Jentoft AJ, Baeyens JP, Bauer JM, Boirie Y, Cederholm T,

Landi F, et al. Sarcopenia: European consensus on definition

and diagnosis: report of the European Working Group on

Sarcopenia in Older People. Age Ageing. 2010;39(4):412-23.

doi: 10.1093/ageing/afq034

Danni MRM, Pinho AS, Klahr PS, Ferreira LF, Rosa LHT. O efeito

de programas de treinamento para o tratamento de Sarcopenia

em idosos: uma revisão sistemática. Saude Desenvolv Hum.

;5(2):85-99. doi: 10.18316/sdh.v5i2.3499

Diz JBM, Queiroz BZ, Tavares LB, Pereira LSM. Prevalência

de sarcopenia em idosos: resultados de estudos transversais

amplos em diferentes países. Rev Bras Geriatr Gerontol.

;18(3):665-78. doi: 10.1590/1809-9823.2015.14139

Legrand D, Vaes B, Matheï C, Swine C, Degryse J-M.

The prevalence of sarcopenia in very old individuals according

to the European consensus definition: insights from the

BELFRAIL study. Age Ageing. 2013;42(6):727-34. doi:

1093/ageing/aft128

Woo J. Sarcopenia. Clin Geriatr Med. 2017;33(3):305-14. doi:

1016/j.cger.2017.02.003

American College of Sports Medicine. Diretrizes de ACSM

para os testes de esforço e sua prescrição. 10th ed. São Paulo:

Guanabara Koogan; 2018.

Rego LAM, Patriota MB Filho, Cavalcante JCC, Linhares JPT,

Leite JAD. Efeito musculoesquelético do exercício resistido em

idosos: revisão sistemática. Rev Med UFC. 2016;56(2):39-46.

doi: 10.20513/2447-6595.2016v56n2p39-46

Publicado

2020-02-02

Edição

Seção

Pesquisa Original

Como Citar

A duração e a frequência da prática de atividade física interferem no indicativo de sarcopenia em idosos?. (2020). Fisioterapia E Pesquisa, 27(1), 71-77. https://doi.org/10.1590/1809-2950/19004527012020