Avaliação do agenciamento de autocuidados e sua associação com sintomas e qualidade de vida em indivíduos com fibromialgia
DOI:
https://doi.org/10.1590/1809-2950/19009927022020Palavras-chave:
Fibromialgia, Autocuidado, Dor, Qualidade de VidaResumo
A fibromialgia (FM) é uma condição de alta prevalência e que causa desconforto físico, sofrimento mental e comprometimento nas relações sociais. Assim, o autocuidado pode ser um aspecto determinante para melhorar a qualidade de vida de indivíduos com FM, pois está relacionado ao ato de se investir de poder. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar o agenciamento do autocuidado de indivíduos com FM e verificar a associação do autocuidado com variáveis sociodemográficas, sintomas e qualidade de vida. Participaram do estudo 40 indivíduos com FM, que preencheram os critérios diagnósticos do Colégio Americano de Reumatologia de 2010. O autocuidado foi avaliado pela Escala de Avaliação de Agenciamento de Autocuidados Revisada (EAAA-R), a intensidade da dor dos pacientes foi verificada pela Escala Visual Analógica (EVA) e pelo Índice de Dor Generalizada (IDG), enquanto a severidade dos sintomas foi avaliado pela Escala de Severidade dos Sintomas (SS) e a qualidade de vida pelo Questionário de Impacto da Fibromialgia Revisado (QIF-R). Utilizamos o coeficiente de correlação de Pearson (dados paramétricos) e coeficiente de correlação de Spearman (dados não paramétricos), com nível de significância α<0,05. Os resultados mostram valores médios para o agenciamento do autocuidado (52,75±10,25), intensidade da dor (5,84±2,16), IDG (13,32±3,78), SS (9,30±1,68), e QIF-R (63,98±17,26). Houve associação do autocuidado com a classe social (r=0,391) e associação com domínios do QIF-R: função (r=-0,338), impacto geral (r=-0,315), sintomas (r=-0,332) e escore total (r=-0,375). O estudo sugere moderado agenciamento de autocuidado e fraca associação do autocuidado com a qualidade de vida e com a classe social em indivíduos com fibromialgia.
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