Comparação das distâncias previstas e percorridas no incremental shuttle walking test em idosos comunitários
DOI:
https://doi.org/10.1590/1809-2950/19031228012021Palavras-chave:
Idoso, Predição, Teste de Caminhada, ISWResumo
O objetivo deste estudo foi avaliar a validade externa de três equações de referência para o cálculo da distância a ser percorrida no incremental shuttle walking test (ISWT) por idosos comunitários, e, por fim, identificar qual equação prediz melhor a distância nessa faixa etária. Foram selecionados 84 idosos cadastrados nas Unidades Básicas de Saúde de Diamantina, Minas Gerais. Os voluntários foram submetidos ao ISWT e a distância percorrida em metros até a interrupção do teste foi registrada e utilizada para comparação com as equações
de predição. Os voluntários apresentaram média de idade de 73,15±5,89 anos e alguns comprometimentos de saúde comuns dessa faixa etária, sendo a maioria mulheres
e praticantes de atividade física. A análise estatística demonstrou que houve interação entre os fatores, ou seja, existe diferença entre as distâncias obtidas pelo ISWT e as distâncias obtidas pelas equações. Houve diferença também nas comparações entre os sexos (p<0,05)
e a Equação 1 apresentou maior força de correlação (p<0,0001; r=0,414) com a distância real percorrida em relação às outras equações. Portanto, este estudo demonstrou uma diferença na comparação das distâncias real e calculadas por três equações de predição do ISWT,
sugerindo que as equações utilizadas podem superestimar a distância percorrida pelos idosos, e que entre essas a Equação 1 apresentou uma predição mais próxima da distância percorrida para a amostra de idosos avaliada.
Downloads
Referências
Veras R. Envelhecimento populacional contemporâneo: demandas, desafios e inovações. Rev Saúde Pub. 2009;43(3):548-54. doi:10.1590/S0034-89102009005000025
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Sinopse do Censo Demográfico de 2010 [Internet]. Rio de Janeiro: IBGE; 2011 [cited 2021 May 19]. Available from: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv49230.pdf
Miranda GMD, Mendes ACG, Silva ALA. O envelhecimento populacional brasileiro: desafios e consequências sociais atuais e futuras. Rev Bras de Geriatr Gerontol. 2016;19(3):507-19.
doi:10.1590/1809-98232016019.150140
Brito TA, Fernandes MH, Coqueiro RS, Jesus CL, Freitas R. Capacidade funcional e fatores associados em idosos longevos residentes em comunidade: estudo populacional no Nordeste
do Brasil. Fisioter Pesq. 2014;21(4):308-13. doi: 10.1590/S0103-21002012000600017.
Silva JP Jr, Silva LJ, Andrade DR, Oliveira LC, Santos M, Matsudo VKR. Estabilidade das variáveis de aptidão física e capacidade funcional de mulheres fisicamente ativas de 50 a 89 anos. Rev
Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2011;13(1):8-14. doi: 10.5007/1980-0037.2011v13n1p8
Ferreira OGL, Maciel SC, Costa SMG, Silva AO, Moreira MSP. Envelhecimento ativo e sua relação com a independência funcional. Texto Contexto Enferm. 2012;21(3):513-8. doi: 10.1590/
S0104-07072012000300004.
Paixão CM Jr, Reichenheim ME. Uma revisão sobre instrumentos de avaliação do estado funcional do idoso. Cad Saúde Pública. 2005;21(1):7-19. doi: 10.1590/S0102-311X2005000100002
Camara FM, Gerez AG, Miranda MLJ, Velardi M. Capacidade funcional do idoso: formas de avaliação e tendências. Acta Fisiatr. 2008;15(4):249-56.
Singh SJ, Morgan MD, Scott S, Walters D, Hardman AE. Development of a shuttle walking test of disability in patients with chronic airways obstruction. Thorax. 1992;47(12):1019-24.
doi: 10.1136/thx.47.12.1019.
Leger LA, Lambert J. A maximal multistage 20-m shuttle run test to predict VO2 max. Eur J Appl Physiol Occup Physiol. 1982;49(1):1-12. doi: 10.1007/BF00428958
Monteiro DP, Britto RR, Carvalho MLV, Montemezzo D, Parreira VF, Pereira DAG.
Shuttle walking test como instrumento de avaliação da capacidade funcional: uma revisão da literatura. Rev Ciência & Saúde. 2014;7(2):92-7. doi: 10.15448/1983-652X.2014.2.16580
Jürgensen SP, Antunes LC, Tanni SE, Banov MC, Lucheta PA, Bucceroni AF, et al. The incremental shuttle walk test in older Brazilian adults. Respiration. 2011;81(3):223-8. doi:
1159/000319037.
Dourado VZ, Vidotto MC, Guerra RLF. Reference equations for the performance of healthy adults on field walking tests. J Bras Pneumol. 2011;37(5):607-14. doi: 10.1590/S1806-37132011000500007.
Dourado VZ, Guerra RLF, Tanni SE, Antunes LCO, Godoy I. Reference values for the incremental shuttle walk test in healthy subjects: from the walk distance to physiological responses. J Bras Pneumol. 2013;39(2):190-7. doi: 10.1590/S1806-37132013000200010
Probst VS, Hernandes NA, Teixeira DC, Felcar JM, Mesquita RB, Gonçalves CG, et al. Reference values for the incremental shuttle walking test. Respir Med. 2011;106(2):243-8. doi: 10.1016/
j.rmed.2011.07.023.
Pulz C, Diniz RV, Alves AN, Tebexreni AS, Carvalho AC, Paola AA, et al. Incremental shuttle and six-minute walking test in the assessment of functional capacity in chronic heart failure. Can J
Cardio. 2008;24(2):131-5. doi: 10.1016/s0828-282x(08)70569-5.
Pepin V, Brodeur J, Lacasse Y, Milot J, Leblanc P, Whittom F, et al. Six-minute walking versus shuttle walking: responsiveness to broncodilatation in chronic obstructive pulmonary disease.
Thorax. 2007;62(4):291-8. doi: 10.1136/thx.2006.065540.
Morales FJ, Montemayor T, Martinez A. Shuttle versus six-minute walk test in the prediction of outcome in chronic heart failure. Int J Cardiol. 2000;76(2-3):101-5. doi: 10.1016/s0167-5273(00)00393-4.
Folstein MF, Folstein SE, McHugh PR. “Mini-mental state”: a practical method for grading the cognitive state of patients for the clinician. J Psychiatr Res. 1975;12(3):189-98.
doi: 10.1016/0022-3956(75)90026-6.
Parreira VF, Janaudis-Ferreira T, Evans RA, Mathur S, Goldstein RS, Brooks D. Measurement properties of the incremental shuttle walk test: a systematic review. Chest. 2014;145(6):
-69. doi: 10.1378/chest.13-2071.
Campos ACV, Almeida MHM, Campos GV, Bogutchi TF. Prevalência de incapacidade funcional por gênero em idosos brasileiros: uma revisão sistemática com metanálise.
Rev Bras Geriatr Gerontol. 2016;19(3):545-59. doi: 10.1590/1809-98232016019.150086
Fiedler MM, Peres KG. Capacidade funcional e fatores associados em idosos do Sul do Brasil: um estudo de base populacional. Cad Saúde Pública. 2008;24(2):409-15. doi:
1590/S0102-311X2008000200020.
Soares KKD, Gomes ELFD, Beani A Jr, Oliveira LVF, Sampaio LMM, Costa D. Avaliação do desempenho físico e funcional respiratório em obesos. Fisioter Mov. 2011;24(4):697-704.
doi: 10.1590/S0103-51502011000400014.
Gonzalez ACT, Ignácio ZM, Jornada LC, Reus GZ, Abelaira HM, Santos MAB, et al. Transtornos depressivos e algumas comorbidades em idosos: um estudo de base populacional. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2016;19(1):95-103. doi: 10.1590/1809-9823.2016.14210
Laurenti R, Jorge MHPM, Gotlieb SLD. Perfil epidemiológico da morbi-mortalidade masculina. Ciênc Saúde Coletiva. 2005;10(1):35-46. doi: 10.1590/S1413-81232005000100010.
Berlezi EM, Faria AM, Dallazen F, Oliveira KR, Pillat AP, Fortes CK. Como está a capacidade funcional de idosos residentes em comunidades com taxa de envelhecimento populacional
acelerado? Rev Bras Geriatr Gerontol. 2016;19(4):643-52. doi: 10.1590/1809-98232016019.150156.
Silva NA, Menezes TN. Capacidade funcional e sua associação com idade e sexo em uma população idosa. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2014;16(3):359-70. doi:
5007/1980-0037.2014v16n3p359.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Atlas do Censo Demográfico 2010 [Internet]. Rio de Janeiro: IBGE; 2013 [cited 2019 Oct 3]. Available from: http://censo2010.ibge.gov.br/apps/atlas/
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Adriana Netto Parentoni, Valéria Cristina de Faria, Mayara Marques Simôes, Giane Amorim Ribeiro Samora, Danielle Aparecida Gomes Pereira, Lygia Paccni Lustosa (in memoriam)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.