Perfil de formação e produção científica do fisioterapeuta pesquisador no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.1590/1809-2950/20019528012021Palavras-chave:
Fisioterapia, Indicadores de Produção Científica, Currículo, PesquisadoresResumo
O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil de formação e produção científica do fisioterapeuta pesquisador brasileiro. Trata-se de um estudo transversal, realizado por meio de levantamento dos currículos profissionais cadastrados na Plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), atualizados nos últimos 5 anos. As principais variáveis analisadas foram sexo, distribuição dos fisioterapeutas pelo Brasil, tipo de instituição de graduação, local de atuação, formação complementar, produções científicas e participação em eventos. Foram encontrados 47.741 currículos, dos quais 17.864 estavam
dentro dos critérios de seleção da pesquisa e foram analisados. Predominaram fisioterapeutas do sexo feminino (75,5%) e da região Sudeste (35%). A maioria é graduada em instituições privadas (75%), realizou pósgraduação lato sensu (61,4%) e trabalhou em universidades (30%). Existem diferenças entre os sexos com relação às produções, os eventos e a formação complementar, com o melhor desempenho do sexo masculino (p<0,001) – os graduados em instituição pública têm mais produções, eventos e atividades de formação complementar (p<0,001). Os profissionais graduados em instituições privadas, porém, realizam mais cursos de pós-graduação lato sensu (p=0,05). Conclui-se, portanto, que a maioria dos fisioterapeutas pesquisadores do Brasil é do sexo feminino, graduada na região Sudeste, formada em instituições privadas, realizou pós-graduação lato sensue trabalha em universidades. Apesar da maioria feminina, os profissionais do sexo masculino e os formados em instituições públicas apresentam maior quantidade de produções, participações em eventos e formações complementares.
Downloads
Referências
Espíndola DS, Borenstein MS. Evolução histórica da fisioterapia: da massagem ao reconhecimento profissional (1894-2010). Fisioter Bras. 2011;12(5):389-94. doi: 10.33233/fb.v12i5.944
Soares PA. Controvérsias, dilemas e desafios profissionais dos fisioterapeutas portugueses (I). Desenvolvimento e Sociedade. 2017;(3):87-110.
Shiwa SR, Schmitt ACB, João SMA. O fisioterapeuta do estado de São Paulo. Fisioter Pesqui. 2016;23(3):301-10. doi: 10.1590/1809-2950/16115523032016
Silva DCP, Grazziano CR, Carrascosa AC. Satisfação profissional e perfil de egressos em fisioterapia. ConScientiae Saúde. 2018;17(1):65-71. doi: 10.5585/conssaude.v17n1.7694
Brasil. Decreto-Lei nº 938, de 13 de outubro de 1969. Provê sobre as profissões de fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, e dá outras providências. Diário Oficial da União [Internet]. 1969 Oct 13 [cited 2020 June 11]. Available from: https://bit.ly/2RpGSzN
Mariotti MC, Bernardelli RS, Nickel R, Zeghbi AA, Teixeira MLV, Costa Filho RM. Características profissionais, de formação e distribuição geográfica dos fisioterapeutas
do Paraná – Brasil. Fisioter Pesqui. 2017;24(3):295-302. doi: 10.1590/1809-2950
/16875724032017
Landry MD, Hack LM, Coulson E, Freburguer J, Johnson MP, Katz R, et al. Workforce Projections 2010–2020: Annual Supply and Demand Forecasting Models for Physical Therapists Across
the United States. Phys Ther. 2016;96(1):71-80. doi: 10.2522/ptj.20150010
Koetz LCE, Périco E, Grave MQ. Distribuição geográfica da formação em fisioterapia no Brasil: crescimento desordenado e desigualdade regional. Trab Educ Saúde. 2017;15(3):917-30.
doi: 10.1590/1981-7746-sol00070
Coury HJCG, Vilella, I. Perfil do pesquisador fisioterapeuta brasileiro. Braz J Phys Ther. 2009;13(4):356-63. doi: 10.1590/S1413-35552009005000048
Ferigollo JP, Fedosse E, Santos Filha VAV. Qualidade de vida de profissionais da saúde pública. Cad Ter Ocup. 2016;24(3):497-507. doi: 10.1590/1413-81232018234.09292016
Shannon G, Minckas N, Tan D, Haghparast-Bidgoli H, Batura
N, Mannell J. Feminisation of the health workforce and wage conditions of health professions: an exploratory analysis. Hum Resour Health. 2019;17(1):72-84. doi: 10.1186/s12960-019-0406-0
Gonçalves RF, Sandes AAG, Nascimento IYM, Amaral ARM, Araújo RC, Silva TFA. Avaliação dos cursos de fisioterapia nos anos de 2004 a 2013. Fisioter Pesqui. 2017; 24(4):392-98. doi:
1590/1809-2950/17167124042017
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estimativas da população residente para os municípios e para as unidades da federação com data de referência em 1º de julho de 2018
[Internet]. Rio de Janeiro: IBGE; 2018 [cited 2020 Jul 21]. Available from: https://bit.ly/2Q28tXy
Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. COFFITO defende que quiropraxia é uma especialidade da fisioterapia. Brasília: COFFITO; 2018. [cited 2020 Jun 20].
Available from: https://bit.ly/32foA6M
Silva TM, Costa LCM, Garcia AN, Costa LOP. What do physical therapists think about evidence-based practice? A systematic review. Man Ther. 2015;20(3):388-401. doi: 10.1016/j.
math.2014.10.009
Kamper, SJ. Evidence in practice: a new series for clinicians. J Orthop Sports Phys Ther. 2018;48(6):429. doi: 10.2519/jospt.2018.0105
Bispo Júnior JP. Formação em fisioterapia no Brasil: reflexões sobre a expansão do ensino e os modelos de formação. Hist Cienc Saude Manguinhos. 2009;16(3):655-68. doi: 10.1590/
S0104-59702009000300005
Costa LOP, Moseley AM, Sherrington C, Maher CG, Herbert RD, Elkins MR. Core journals that publish clinical trials of physical therapy interventions. Phys Ther. 2010;90(11):1631-40. doi:
2522/ptj.20090419
Habibi SSS, Dehkordi SN, Dadgoo M, Lajevardi L. Physiotherapists’ perception of evidence-based practice. J Mod Rehabil. 2016;10(4):169-76. doi: 10.18869/nirp.jmr.10.4.169
Seelro U, Khan MS, Tanveer E, Khan M, Kumar V, Ahmed N.Knowledge and Attitude towards Evidence Based Practice among the Physiotherapists. IJCRR. 2018;9(9):20602-9. doi:
15520/ijcrr/2018/9/09/598
Calvalcante CCL, Rodrigues ARS, Dadalto TV, Silva EB. Evolução científica da fisioterapia em 40 anos de profissão. Fisioter Mov. 2011;24(3):513-22. doi: 10.1590/S0103-51502011000300016
Góes AB, Araújo FRO, Marques AP, Schmitt ACB. Overview of physical therapy graduation courses in Brazil: current scenario. Fisioter Mov. 2017;30(4):661-9. doi: 10.1590/1980-
030.004.ao01
Cruz FG, Cedro TAN, Camargo SB, Sá KN. Scientometric profile of physiotherapists Brazilian scientists. Fisioter Mov. 2018;31(1):e003123. doi: 10.1590/1980-5918.031.ao23
Conselho Nacional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Especialidades reconhecidas pelo COFFITO [Internet]. Brasília: COFFITO; 2014 [cited 2020 Jul 6]. Available from: https://bit.
ly/3mMwptM
Treviso P, Costa BEP. Percepção de profissionais da área da saúde sobre a formação em sua atividade docente. Texto Contexto Enferm. 2017;26(1):e5020015. doi:
1590/0104-07072017005020015
Matos IB, Toassi RFC, Oliveira MC. Profissões e ocupações de saúde e o processo de feminização: tendências e implicações. Athenea Digital. 2013;13(2):239-44.
Camara AMCS, Santos LLCP. Um estudo com egressos do curso de fisioterapia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG): 1982-2005. Rev Bras Educ Med. 2012;36(1):5-17. doi:
1590/S0100-55022012000200002
Acharya RS, Adhikari SP, Oraibi SA, Baidya S. Challenges and future development of physiotherapy education in Nepal. IJCRR 2015;7(13):35-42.
Ahuja D. Continuing professional development within physiotherapy: a special perspective. J Phys Ther. 2011;3(1):4-8.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Melo NG, Cunha IA, Alves JF, Santos AL, Nogueira AP, Lima BC, Dias BV, Cardoso JS, Rocha JGO, Portugal NP, Araujo RG, Souza RM, Paulino RLO, Hamu TCDS, Formiga CKMR
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.