Preditores de piora da mobilidade ao final da internação em hospital de referência em doenças infectocontagiosas
DOI:
https://doi.org/10.1590/1809-2950/20021528012021Palavras-chave:
Fatores de Risco, Limitação da Mobilidade, Hospitalização, Doenças InfecciosasResumo
As doenças infectocontagiosas podem gerar complicações motoras e funcionais, prejudicando a qualidade de vida dos indivíduos acometidos. Além disso, observa-se que a própria internação hospitalar é uma causa importante de declínio funcional dos pacientes.
Nesses casos, a fisioterapia visa preservar e restaurar a integralidade de órgãos e funções, promovendo a manutenção da amplitude de movimento, o ganho de força muscular, o treino de trocas posturais e de marcha, assim como a prática de exercícios aeróbios e a melhora
da expansibilidade torácica de indivíduos hospitalizados. Os objetivos deste estudo foram descrever o perfil epidemiológico dos pacientes em um hospital de doenças infectocontagiosas e identificar preditores de piora motora ao final da internação. Trata-se de um estudo retrospectivo baseado na análise de prontuários de pacientes internados em 2016 que necessitaram de fisioterapia. Foram coletadas variáveis socioeconômicas e clínicas e realizada análise estatística descritiva e regressão logística binária para determinar os fatores preditores de piora da mobilidade ao final da internação. Foram avaliados 638 prontuários
eletrônicos de pacientes internados de janeiro a dezembro de 2016 que necessitaram de fisioterapia, com prevalência do sexo masculino (66,6%) e mediana de idade de 42 anos; 50,8% dos pacientes eram portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV). Foram encontrados cinco fatores de risco para piora da mobilidade ao final da internação: idade, número de internações prévias, uso de ventilação mecânica, ser portador do HIV e presença
de doenças oportunistas. Diante dos achados, observase a importância da atuação fisioterapêutica voltada para a melhora funcional em pacientes que cursam com internação hospitalar.
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