Validade de construto do teste de caminhada de 2 minutos para pacientes com amputação de membro inferior protetizados
DOI:
https://doi.org/10.1590/1809-2950/21009428042021Palavras-chave:
Amputação, Incapacidade e Saúde, Marcha, Próteses e ImplantesResumo
Aliados da avaliação funcional, os testes de
caminhada têm sido considerados confiáveis e válidos
para várias populações, quantificando a capacidade
funcional do indivíduo e respondendo a mudanças
durante o processo de reabilitação. O objetivo deste artigo
foi analisar a validade de construto do teste de caminhada
de 2 minutos para pacientes com amputação de
membro inferior protetizados, submetidos à reabilitação.
Foi aplicado o teste de caminhada de 2 minutos em
51 pacientes maiores de 18 anos com diagnóstico clínico de
amputação de membro inferior em qualquer nível e que
tivessem sido submetidos à reabilitação há pelo menos seis
meses no momento da avaliação, que foi correlacionada
com os questionários Medida Funcional para Amputados
(MFA) e os aspectos do Medical Outcomes Study 36-Item
Short-Form Health Survey (SF-36), a fim de obter o
coeficiente de correlação de Pearson com o nível de
significância de p<0,05. Entre os participantes do estudo,
64,7% eram do sexo masculino, com média de idade de
53,4 anos; 59,92% tinham amputação de nível transtibial
e a principal causa foi trauma, com 54,9%. O escore
médio para os questionários foi de 63,58 pontos para a
capacidade física do SF-36, e 37,14 pontos para a segunda
questão do MFA. A correlação da distância percorrida
no teste de caminhada de 2 minutos mostrou moderada
correlação com a capacidade física do SF-36 e com a
segunda questão do MFA. Os achados mostram moderada
correlação entre o teste de caminhada de 2 minutos e as
ferramentas subjetivas de avaliação de função utilizadas,
mostrando que é um instrumento válido como medida
objetiva para a população estudada.
Downloads
Referências
Fortington LV, Rommers GM, Geertzen JHB, Postema K, Dijkstra
PU. Mobility in elderly people with a lower limb amputation:
a systematic review. J Am Med Dir Assoc. 2012;13(4):319-25.
doi: 10.1016/j.jamda.2010.12.097.
Suckow BD, Goodney PP, Nolan BW, Veeraswamy RK, Gallagher
P, Cronenwett JL, et al. Domains that determine quality of
life in vascular amputees. Ann Vasc Surg. 2015;29(4):722-30.
doi: 10.1016/j.avsg.2014.12.005.
Seidel AC, Nagata AK, Almeida HC, Bonomo M. Epistemologia
sobre amputações e desbridamentos de membros inferiores
realizados no hospital universitário de Maringá. J Vasc Bras.
;7(4):308-15. doi: 10.1590/S1677-54492009005000002.
Kark L, Odell R, McIntosh AS, Simmons A. Quantifying prosthetic
gait deviation using simple outcome measures. World J Orthop.
;7(6):383-91. doi: 10.5312/wjo.v7.i6.383.
Gailey RS, Roach KE, Applegate EB, Cho B, Cunniffe B, Licht
S, et al. The amputee mobility predictor: an instrument to
assess determinants of the lower-limb amputee’s ability
to ambulate. Arch Phys Med Rehabil. 2002;83(5):613-27.
doi: 10.1053/apmr.2002.32309.
Amtmann D, Cook KF, Johnson KL, Cella D. The PROMIS
initiative: involvement of rehabilitation stakeholders in
development and examples of applications in rehabilitation
research. Arch Phys Med Rehabil. 2011;92(10 Suppl):S12-9. doi:
1016/j.apmr.2011.04.025.
Black N, Burke L, Forrest CB, Sieberer UHR, Ahmed S, Valderas
JM, et al. Patient-reported outcomes: pathways to better
health, better services, and better societies. Qual Life Res.
;25(5):1103-12. doi: 10.1007/s11136-015-1168-3.
Beattie P. Measurement of health outcomes in the clinical
setting: applications to physiotherapy. Physiother Theory Pract.
;17(3):173-85. doi: 10.1080/095939801317077632.
Ware JE Jr, Sherbourne CD. The MOS 36-item short-form health
survey (SF-36). I. Conceptual framework and item selection.
Med Care. 1992;30(6):473-83.
Miller WC, Deathe AB, Speechley M. Lower extremity prosthetic
mobility: a comparison of 3 self-report scales. Arch Phys Med
Rehabil. 2001;82(10):1432-40. doi: 10.1053/apmr.2001.25987.
Hafner BJ, Gaunaurd IA, Morgan SJ, Amtmann D, Salem R,
Gailey RS. Construct validity of the prosthetic limb users survey
of mobility (PLUS-M) in adults with lower limb amputation.
Arch Phys Med Rehabil. 2017;98(2):277-85. doi: 10.1016/j.
apmr.2016.07.026.
Kageyama ERO, Yogi M, Sera CTN, Yogi LS, Pedrinelli A,
Camargo OP. Validação da versão para a língua portuguesa do
questionário de medida funcional para amputados (Functional
Measure For Amputees Questionnaire). Fisioter Pesqui.
;15(2):164-71. doi: 10.1590/S1809-29502008000200009.
Callaghan BG, Sockalingam S, Treweek SP, Condie ME. A postdischarge
functional outcome measure for lower limb amputees:
test-retest reliability with trans-tibial amputees. Prosthet Orthot
Int. 2002;26(2):113-9. doi: 10.1080/03093640208726633.
Spaan MH, Vrieling AH, van de Berg P, Dijkstra PU, van Keeken
HG. Predicting mobility outcome in lower limb amputees with
motor ability tests used in early rehabilitation. Prosthet Orthot
Int. 2017;41(2):171-7. doi: 10.1177/0309364616670397.
Gremeaux V, Damark S, Troisgros O, Feki A, Laroche D,
Perennou D, et al. Selecting a test for the clinical assessment
of balance and walking capacity at the definitive fitting state
after unilateral amputation: a comparative study. Prosthet
Orthot Int. 2012;36(4):415-22. doi: 10.1177/0309364612437904.
Brooks D, Parsons J, Hunter JP, Devlin M, Walker J. The 2-minute
walk test as a measure of functional improvement in persons
with lower limb amputation. Arch Phys Med Rehabil.
;82(10):1478-83. doi: 10.1053/apmr.2001.25153.
Reid L, Thomson P, Besemann M, Dudek N. Going places: does
the two-minute walk test predict the six-minute walk test in
lower extremity amputees? J Rehabil Med. 2015;47(3):256-61.
doi: 10.2340/16501977-1916.
Brooks D, Hunter JP, Parsons J, Livsey E, Quirt J, Devlin M. Reliability
of the two-minute walk test in individuals with transtibial
amputation. Arch Phys Med Rehabil. 2002;83(11):1562-5.
doi: 10.1053/apmr.2002.34600.
De Vet HCW, Terwee CB, Mokkink LB, Knol DL. Measurement
in medicine. Cambridge: Cambridge University Press; 2011.
Mokkink LB, Terwee CB, Patrick DL, Alonso J, Stratford PW, Knol
DL, et al. The COSMIN study reached international consensus
on taxonomy, terminology, and definitions of measurement
properties for health-related patient-reported outcomes. J Clin
Epidemiol. 2010;63(7):737-45. doi: 10.1016/j.jclinepi.2010.02.006.
Ware JE Jr, Kosinski MA, Keller SD. SF-36 physical and mental
health summary scales: a user’s manual. Boston: Health
Assessment Lab; 1994.
Bertolucci PHF, Brucki SMD, Campacci SR, Juliano Y.
O mini-exame do estado mental em uma população geral:
impacto da escolaridade. Arq Neuropsiquiatr. 1994;52(1):1-7.
doi: 10.1590/S0004-282X1994000100001.
DANCEY, C.; REIDY, J. Estatística sem matemática para Psicologia:
usando SPSS para Windows. Porto Alegre: Artmed, 2006
Bohannon RW, Wang YC, Gershon RC. Two-minute walk
test performance by adults 18 to 85 years: normative values,
reliability, and responsiveness. Arch Phys Med Rehabil.
;96(3):472-7. doi: 10.1016/j.apmr.2014.10.006.
Batten HR, McPhail SM, Mandrusiak AM, Varghese PN,
Kuys SS. Gait speed as an indicator of prosthetic walking
potential following lower limb amputation. Prosthet Orthot
Int. 2019;43(2):196-203. doi: 10.1177/0309364618792723.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Balbi LL, Secco MZ, Pinheiro BB, Pereira MSC, Barros ARB, Fonseca MCR
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.