Prevalência, conhecimento e fatores associados à incontinência urinária em mulheres estudantes de um curso de fisioterapia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1809-2950/210229260722PT%20

Palavras-chave:

Diafragma da Pelve, Pelve, Doenças Urogenitais Femininas, Bexiga Urinária, Qualidade de Vida

Resumo

O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência, o conhecimento e os fatores associados à incontinência urinária (IU) em mulheres estudantes de um curso de fisioterapia; bem como, a qualidade de vida. Foi aplicada uma ficha de avaliação desenvolvida pela pesquisadora, o International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF) e um questionário de conhecimento sobre a musculatura do assoalho pélvico (MAP) e a ocorrência de IU, baseado em estudo tipo conhecimento, atitude e prática (CAP). Das 248 estudantes, 170 (69%) participaram do estudo. Pela ficha de avaliação, 111 mulheres (65%) referiram perda urinária. De acordo com o ICIQ-SF, 63 (37%) mulheres são incontinentes, 41 (65%) dessas apresentam incontinência urinária de esforço, apresentando pequena perda e com frequência de uma vez na semana ou menos, com leve impacto na qualidade de vida. A maioria das mulheres que têm dor em relação sexual (59%) e alguns sintomas uroginecológicos e intestinais, como esforço ao urinar (92%), jato interrompido (75%), incômodo na região vaginal (73%), constipação (53%), esforço ao defecar (53%) e esvaziamento intestinal incompleto (70%), apresentou queixa de IU. Todas as mulheres que usam protetor (100%) e procuraram atendimento médico (100%) eram incontinentes. O uso de anticoncepcional foi maior em mulheres sem perda urinária (84%). O conhecimento sobre o MAP e a IU foi adquirido gradualmente com o avançar do curso. Esse resultado sugere que as mulheres que não cursam Fisioterapia não têm domínio do assunto, sendo necessário disseminar o conhecimento sobre a IU e a atuação da fisioterapia

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Publicado

2022-10-10

Edição

Seção

Pesquisa Original

Como Citar

Prevalência, conhecimento e fatores associados à incontinência urinária em mulheres estudantes de um curso de fisioterapia. (2022). Fisioterapia E Pesquisa, 29(3), 230-238. https://doi.org/10.1590/1809-2950/210229260722PT