Resposta autonômica de mulheres idosas ao esforço submáximo do teste de caminhada de seis minutos: um estudo transversal
DOI:
https://doi.org/10.1590/1809-2950/20026529042022ENPalavras-chave:
Teste de Caminhada, Idoso, Envelhecimento, Sistema Nervoso Autônomo, Sistema CardiovascularResumo
O objetivo deste estudo foi investigar a
resposta autonômica de idosas ao esforço do teste
de caminhada de 6 minutos (TC6M). Realizou-se um
estudo transversal a partir da avaliação de 32 idosas,
sem problemas de saúde diagnosticados, com 60 anos
ou mais, durante o TC6M. Para o monitoramento da
resposta autonômica, foram consideradas as seguintes
variáveis: frequência cardíaca, pressão arterial sistólica
e diastólica, frequência respiratória e percepção de
esforço. Essas variáveis foram comparadas durante o
período de repouso, esforço e recuperação. Buscou-se
também correlação entre as variáveis da função
autonômica e o desempenho no teste e a percepção
de esforço. Os resultados demonstraram que o esforço gerado no TC6M induz uma resposta autonômica que leva ao
aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial sistólica
e diastólica em mulheres, porém a frequência respiratória
permaneceu inalterada durante o teste. A pressão arterial
diastólica permaneceu elevada durante a recuperação.
Não houve correlação entre a percepção de esforço e a
resposta fisiológica cardiovascular apresentada, nem entre a
distância percorrida e a variação da resposta autonômica ou
o nível de condicionamento físico. Concluiu-se que o esforço
despendido no TC6M promove uma resposta autonômica
em idosas, intensificando o estresse cardiovascular sem
aumentar a ventilação. Nesse contexto, a escala de Borg não
foi representativa do estresse cardiovascular durante o teste.
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