Perfil da fisioterapia na reabilitação de indivíduos com doença de Alzheimer: um estudo transversal
DOI:
https://doi.org/10.1590/1809-2950/21016629042022PTPalavras-chave:
Doença de Alzheimer, Modalidades de Fisioterapia, Problemas e Exercícios, Recuperação de Função Fisiológica, CogniçãoResumo
O estudo analisou o perfil de atuação dos
fisioterapeutas do Rio de Janeiro (RJ) e do Rio Grande do
Sul (RS) no manejo da pessoa com doença de Alzheimer (DA).
Foram obtidas 256 respostas a um questionário enviado
via endereço eletrônico dos Conselhos Regionais de
Fisioterapia e Terapia Ocupacional das regiões 2 (RJ) e
5 (RS) – CREFITOS 2 e 5 –, entre março e dezembro de 2020.
O questionário tinha 36 perguntas fechadas, cujas variáveis
foram agrupadas em: (1) caracterização da amostra;
(2) dados específicos sobre a profissão de fisioterapeuta; e
(3) questões relacionadas à DA. Neste artigo serão analisadas
apenas as questões relacionadas à DA. Todas as questões
eram de múltipla escolha, com 2 até 15 opções de resposta.
A maioria dos respondentes (88,3%) já atendeu paciente
com DA, mas 50,8% fariam uma revisão de literatura para
atender novamente esses pacientes. O principal objetivo
relatado no manejo do indivíduo com DA foi “retardar
a progressão das perdas motoras”. As condutas foram
significativamente diferentes conforme a fase da doença
(p<0,001). Mais de 85% citaram como benefício que a
fisioterapia “retarda a dependência física”. Este estudo deixa
evidente a necessidade de mais pesquisas que abordem
especificamente as fases intermediária e avançada da DA,
pois, até o momento, a literatura se mostra inconclusiva e
com pouca evidência em relação à fisioterapia no manejo
dessas pessoas, impossibilitando a criação de manuais e/
ou padronização de condutas específicas a cada estágio
da doença.
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