Restrição à atividade física na pandemia está associada com menor autoeficácia para dor na população com dor musculoesquelética: um estudo transversal
DOI:
https://doi.org/10.1590/1809-2950/22012229042022PTPalavras-chave:
Autoeficácia, Dor, Exercício Físico, COVID-19Resumo
Durante a pandemia de COVID-19, observou-se
um menor nível de prática de atividade física pela
população, o que pode influenciar o nível de autoeficácia
para dor na população com dor musculoesquelética.
Neste contexto, o objetivo deste estudo foi analisar se
existe associação entre o tempo de prática de atividade
física e o nível de autoeficácia para dor na população
com dor musculoesquelética durante a pandemia
de COVID-19 no estado de São Paulo, controlada por
variáveis biopsicossociais. Realizou-se um estudo através
de um formulário online com questões sobre aspectos
sociodemográficos, tempo semanal de prática de atividade
física, níveis de estresse e ansiedade, intensidade de dor
e autoeficácia para dor (PSEQ-10 – Pain Self-Efficacy
Questionnaire). A análise estatística ocorreu por meio de
dois modelos de regressão linear múltipla, com (modelo A)
e sem (modelo B) o controle dos dados por fatores
psicoemocionais (ansiedade e estresse) em 150 pessoas.
Foi encontrada associação entre o tempo de prática de
atividade física semanal e o nível de autoeficácia para dor
no modelo A (p=0,0271, β=1,914) e no modelo B (p=0,0333,
β=1,826). Intensidade de dor durante a pandemia, índice de
massa corporal (IMC) e sexo, dentre as variáveis de controle,
também foram associadas ao nível de autoeficácia para dor.
Maior tempo de prática de atividade física foi associado a
maior nível de autoeficácia para dor na população com
dor musculoesquelética durante a pandemia de COVID-19.
Intensidade de dor durante a pandemia, IMC e sexo também
foram associados ao nível de autoeficácia para dor
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