Complicações e condutas fisioterapêuticas após cirurgia por câncer de mama: estudo retrospectivo

Autores

  • Simony Lira do Nascimento Unicamp; Faculdade de Ciências Médicas; Departamento de Tocoginecologia
  • Riza Rute de Oliveira Unicamp; Faculdade de Ciências Médicas; Departamento de Tocoginecologia
  • Mariana Maia Freire de Oliveira Unicamp; Faculdade de Ciências Médicas; Departamento de Tocoginecologia
  • Maria Teresa Pace do Amaral Unicamp; Faculdade de Ciências Médicas; Departamento de Tocoginecologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1809-29502012000300010

Palavras-chave:

fisioterapia, terapia por exercício, reabilitação, complicações pós-operatórias, câncer de mama

Resumo

Após cirurgia por câncer de mama, as mulheres estão sujeitas a desenvolver algumas complicações físicas. Os objetivos deste trabalho foram: investigar o desfecho dessas mulheres, que, durante o primeiro mês pós-operatório, foram submetidas a um programa de reabilitação e identificar ao longo de dois anos as complicações mais frequentes e as condutas fisioterapêuticas mais adotadas. Foi um estudo descritivo, retrospectivo, com dados de 707 prontuários de mulheres operadas por câncer de mama no Hospital da Mulher Professor Doutor José Aristodemo Pinotti da Universidade Estadual de Campinas, entre janeiro de 2006 e dezembro de 2007, atendidas pelo Setor de Fisioterapia. A análise foi feita por meio de médias, desvio padrão e frequências absolutas e relativas. Ao final do programa, 55% das mulheres receberam alta, 17% necessitaram de atendimento adicional e 26% não aderiram a ele. As complicações mais frequentes foram: aderência pericicatricial (26%), restrição da amplitude de movimento (24%) e deiscência cicatricial (17%). No primeiro ano após a cirurgia (n=460), foram relatados dor (28,5%), sensação de peso (21,5%) e restrição da amplitude de movimento do ombro (16,7%); já no segundo (n=168), houve dor (48,2%), sensação de peso (42,8%) e linfedema (23,2%). Concluiu-se que, ao final do programa, a maioria das mulheres recebeu alta. Ao longo dos anos, houve redução da frequência de restrição da amplitude de movimento do ombro com aumento de linfedema. Cuidados com o braço, exercícios domiciliares e autodrenagem foram as condutas mais adotadas.

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Publicado

2012-09-01

Edição

Seção

Pesquisas Originais

Como Citar

Complicações e condutas fisioterapêuticas após cirurgia por câncer de mama: estudo retrospectivo. (2012). Fisioterapia E Pesquisa, 19(3), 248-255. https://doi.org/10.1590/S1809-29502012000300010