Efeitos fisiológicos de sessão de hidroterapia em crianças portadoras de distrofia muscular de Duchenne
DOI:
https://doi.org/10.1590/fpusp.v5i1.76912Palavras-chave:
Hidroterapia, Distrofia muscularResumo
A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) é um distúrbio genético, de caráter recessivo, com alta taxa de mutação de um gene localizado no braço curto do cromossomo X. Caracteriza-se por um distúrbio progressivo e irreversível, principalmente da musculatura esquelética. Acredita-se que atividades físicas que requerem força muscular máxima contra a ação da gravidade, de forma repetitiva, assim como a inatividade podem prejudicar crianças portadoras de DMD. Uma opção razoável seria a realização de atividade física moderada em meio aquático. A água aquecida promove facilitação dos movimentos pelo efeito do empuxo e alívio de dores pelo calor, além de fornecer um ambiente favorável para atividades infantis. Neste trabalho, estudamos algumas respostas fisiológicas decorrentes da imersão e realização de sessão de hidroterapia em 20 crianças portadoras de DMD. Foi possível observar alterações significativas em relação às pressões inspiratória e expiratória máximas, e discretas alterações nos valores de freqüência cardíaca, temperatura oral e níveis de saturação de oxigênio, como esperado. Mostramos assim que a hidroterapia associada à atividade física de baixa a moderada intensidade não é uma sobrecarga física para crianças portadoras de DMD.