O engatinhar: um estudo da idade de seu aparecimento e de sua relação com a aquisição da marcha
DOI:
https://doi.org/10.1590/fpusp.v5i2.77298Palavras-chave:
Locomoção, Atividade motora, Desenvolvimento infantil, CrescimentoResumo
O estudo investigou a idade de emergência do comportamento engatinhar e sua relação com a aquisição da marcha. Foram selecionadas 35 crianças normais, dos berçários da cidade de São Carlos, com idades entre 5 e 13 meses, que ainda não apresentavam o engatinhar e a marcha. Estas foram observadas por um período de 7 meses e os comportamentos motores, bem como a época de seus aparecimentos, foram registrados em fichas de avaliação. Através do teste Análise de Sobrevivência, evidenciou-se que a maioria das crianças iniciou o engatinhar entre o 7o e 10° meses de vida (71%), sendo que a maior probabilidade de incidência ocorreu no 7o mês (24%). A marcha iniciou-se entre o 10°e 15° meses de idade (83%), com maior probabilidade de incidência no 13" mês (21%). Apenas 5,7% da amostra não apresentou o engatinhar como forma transitória de locomoção. Os dados obtidos sugerem uma antecipação do início do engatinhar em relação aos achados da literatura. Além disso, diante da existência de um período de latência mínimo de 3 meses entre os comportamentos motores estudados, parece que a experiência do engatinhar constitui um pré-requisito para a aquisição da marcha. Pesquisa desenvolvida com anuência dos responsáveis pelos participantes do estudo, de acordo com a resolução 01/88 do CNS.