Comparação dos parâmetros de força e propriocepção entre indivíduos com e sem instabilidade funcional de tornozelo
DOI:
https://doi.org/10.590/1809-2950/12675222012015Resumo
Após a entorse de tornozelo, 40% dos indivíduos continuam a relatar uma sensação de instabilidade articular que está relacionada à disfunção músculo-esquelética denominada instabilidade funcional do tornozelo (IFT). Contudo, o mecanismo como ocorre esta disfunção músculo-esquelética ainda permanece desconhecido. Nesse sentido, o conhecimento das alterações músculo-esqueléticas que ocorrem em indivíduos com IFT pode ser um fator importante para traçar intervenções preventivas mais efetivas. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi comparar o pico de torque (PT) concêntrico de inversão (INV) e eversão (EVE), a razão convencional (EVE/INV) e o reposicionamento articular passivo em indivíduos com e sem IFT em atletas recreacionais do gênero feminino. A amostra foi composta por 22 voluntárias na faixa etária entre 18 e 25 anos que foram divididas em grupo controle e grupo com IFT. A avaliação do torque foi realizada em um dinamômetro isocinético com cinco contrações máximas concêntricas a velocidades de 60 e 120 graus.s-1 no movimento de INV e EVE e reposicionamento articular passivo com ângulo-alvo de 10° e 20° de inversão. Foram analisados os dados de PT, razão convencional e média do erro absoluto do ângulo-alvo. A análise estatística foi feita com o teste t-Student para amostras independentes. Foi encontrado que indivíduos com IFT apresentaram diminuição da força eversora comparados aos indivíduos controle, bem como desequilíbrio da razão muscular, que podem aumentar a predisposição deste grupo a entorses de tornozelos.Downloads
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