Tapete vermelho: o olhar e a viagem na construção do lugar cinemático

Autores

  • Rodrigo Silva Secretaria Municipal de Goiânia

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2594-9632.geoliterart.2024.209615

Palavras-chave:

Cinema, Olhar, Paisagem, Lugar

Resumo

O filme brasileiro Tapete Vermelho (2006), dirigido Luiz Alberto Pereira, é a produção cinematográfica escolhida para aproximarmos a ciência geográfica e a arte cinematográfica. Ele será o fio condutor, a estrada imagética dessa viagem do olhar. A aventura desdobra-se nas tensões culturais entre campo e cidade. A montagem do filme é pertinente construção que denota as tensões sociais e culturais desses dois espaços. Tapete Vermelho é uma travessia de dois extremos, o Brasil é uma complexa travessia de vários extremos. Uma caminhada que se inicia na tradição, resiste e chega à modernidade, esta, por sua vez, espanta e seduz. As paisagens sociais e culturais brasileiras tornam-se ingredientes cênicos que solidificam a significação da experiência do olhar. Os lugares geográficos tornam-se locais narrativos, portanto as imagens cinematográficas criam subjetividades espaciais. Descrevemo-las e as analisamos a partir da observação para entender como a técnica cinematográfica elabora a antropomorfização espacial.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Rodrigo Silva, Secretaria Municipal de Goiânia

    Mestre em Geografia pelo Instituto de Estudos Socioambientais (IESA), Universidade Federal de Goiás. Professor da Secretaria Municipal de Goiânia (SME) e Secretaria Estadual de Goiás(SEDUCE).

Referências

AITKEN, Stuart C. e ZONN, Leo E. Re-apresentando o lugar pastiche. In: Corrêa, Roberto Lobato; Rosendahl, Zeny (Orgs). Cinema, música e espaço. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2009. p.15-58.

AZEVEDO, Ana Francisca de. Geografia e Cinema. In: Corrêa, Roberto Lobato; Rosendahl, Zeny (Orgs). Cinema, música e espaço. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2009. p.95-128.

AZEVEDO, Ana Francisca de. Geografia e Cinema. In: Azevedo, Ana Francisca; Sarmento, João; Pimenta, José Ramiro (Orgs). Ensaios de Geografia Cultural. Porto: Editora Figueirinhas, 2006. p.59-79.

BAZIN, André. O que é cinema? Tradução Eloísa Araújo Ribeiro. São Paulo: Editora UBU, 2018.

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Tradução Sérgio Paulo Rouanet. 8ª edição. São Paulo: Brasiliense, 2012.

BENJAMIN, Walter. Charles Baudelaire um lírico no auge do capitalismo. Tradução José Martins Barbosa e Hemerson Alves Batista. 1ª edição. São Paulo: Brasiliense, 1989.

BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade. Tradução Ana Maria L. Ioriatti e Carlos Felipe Moisés. 2ª edição. São Paulo: Companhia das letras, 2007.

BESSE, Jean-Marc. O gosto do mundo: exercícios de paisagem. Tradução Annie Cambe. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2014a.

BOSI, Alfredo. Fenomenologia do Olhar. In: NOVAES, Adauto (org.). O olhar. São Paulo: Companhia das Letras, 1988. p. 65-89.

CALVINO, ítalo. As cidades invisíveis. Tradução Diogo Mainardi. 18ª reimpressão. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

CALVINO, ítalo. Se um viajante na noite de inverno. Tradução Nilson Moulin. 4ª reimpressão. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

CALVINO, ítalo. O mundo escrito e mundo não-escrito: artigos, conferencias e entrevistas. Tradução Mauricio Santana Dias. 1ª edição. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

CANDIDO, Antonio. Parceiros do Rio Bonito: estudo sobre o caipira paulista e a transformação dos seus meios de vida. 10ª edição. São Paulo: Editora 34, 2003.

CANEVACCI, Massimo. A cidade polifônica: ensaio sobre a antropologia da comunicação urbana. Traduçao Cecilia Prada. 2ª edição. São Paulo: Studio Nobel, 2004.

CAMUS, Albert. O Mito de Sísifo. 9ª edição. Rio de Janeiro: Editora Best Bolso, 2017.

CHAVEIRO, Eguimar Felício. Símbolos das paisagens do cerrado goiano. In: Almeida, Maria Geralda. Tantos Cerrados: múltiplas abordagens sobre a biogeodiversidade e singularidade cultural. Goiânia: Editora Vieira: 2005. p.47-72.

COSTA, Maria Helena B. V. Geografia Cultural e Cinema: práticas, teorias e métodos. In: Corrêa, Roberto Lobato; Rosendahl, Zeny (Orgs). Geografia: Temas sobre cultura e espaço. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2009. p.43-78.

DARDEL, Eric. O Homem e Terra: natureza da realidade geográfica. Tradução Werter Holzer. São Paulo: Perspectiva, 2015.

FILHO, Antonio Carlos Queiroz. Geografias de Cinema: a espacialidade Dentro e Fora do Filme. In: Estudos Geográficos, Rio Claro, 5(2): 73-91, 2007.

GOMES, Paulo César da Costa. O lugar do olhar: elementos para uma geografia da visibilidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013.

HEIDEGGER, Martin. Conferências e escritos filosóficos. Coleção Os Pensadores. Trad. Enildo Stein. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1996.

HOPKINS, Jeff. Um mapeamento de lugares cinemáticos; ícones, ideologia e o poder da representação enganosa. In: Corrêa, Roberto Lobato; Rosendahl, Zeny (Orgs). Cinema, música e espaço. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2009. p.59-95.

JUNIOR, Wenceslao Machado de Oliveira. Chuva de cinema: natureza e cultura urbanas. 1999. Tese. (Doutorado em Educação) Laboratório de Estudos Audiovisuais – OLHO da Faculdade de educação da Universidade Estadual de Campinas.

JUNIOR, Wenceslao Machado de Oliveira. Lugares Geográficos e(m) Locais Narrativos: Um modo de se aproximar das Geografia de Cinema. In: Marandola, Eduardo; Holzer, Werter; Oliveira, Ligia de (Orgs). Qual espaço do lugar?: Geografia, Epistemologia, fenomenologia. São Paulo: Editora Perspectiva, 2014. p.119-154.

MARTINS, José de Souza. A sociabilidade do homem simples: cotidiano e história na modernidade anômala. 3ª edição. São Paulo: Editora Contexto, 2015.

MERLEAU-PONTY, Maurice. O Cinema e a nova psicologia. In: Xavier, Ismail (Org). A Experiência do Cinema: antologia. 1ª edição. São Paulo: Paz e Terra, 2018. p.87 – 101.

MORIN, Edgar. A alma no cinema. In: Xavier, Ismail (Org). A experiência do cinema: antologia.1A edição. São Paulo: Paz e Terra, 2018. p.119 – 145.

MUNSTERBERG, Hugo. A atenção. In: Xavier, Ismail (Org). A Experiência do Cinema.1ª edição. São Paulo: Paz e Terra, 2018. p.25 – 33.

SARTRE, Jean-Paul. A Imaginação. Porto Alegre: LePM, 2009.

SARTRE, Jean-Paul. Esboço para uma teoria das emoções. Porto Alegre: LePM, 2007.

TAPETE VERMELHO. Direção: Luiz Alberto Pereira. Produção: Ivan Teixeira; Vicente Miceli. São Paulo, Pandora Filmes, 2006. DVD.

Downloads

Publicado

2024-01-25

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Tapete vermelho: o olhar e a viagem na construção do lugar cinemático. (2024). Revista Geografia Literatura E Arte, 4(2), 6-30. https://doi.org/10.11606/issn.2594-9632.geoliterart.2024.209615