O lado bricoleur de Pedro Costa
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2018.142189Palavras-chave:
Cinema português, Movimento punk, Bricoleur, Antropologia visual, “Não” atoresResumo
Neste artigo, analisa-se a evolução do método de filmagem do cineasta português Pedro Costa. Grande admirador do movimento punk dos anos 1970, Costa não esconde a influência que o movimento exerce no seu modo de fazer cinema. A partir da ideia do DIY – do it yourself – o diretor torna-se um bricoleur ao se utilizar da técnica da colagem na realização de seus filmes, principalmente na pré-produção. Trata-se aqui da bricolagem enquanto técnica. Desde O Sangue (1989), primeiro longa-metragem de Costa, até Cavalo Dinheiro (2014), o processo de produção do diretor tem progredido em direção a uma maneira de filmar própria e que cada vez mais se aproxima da Antropologia. O termo bricolagem surge consagrado na Antropologia por Lévi-Strauss, ao se referir ao pensamento mítico, contrapondo-o ao científico. No cinema, a figura do bricoleur é representada, especialmente, por Jean-Luc Godard. Procura-se ainda analisar as etapas em que consiste o processo de Costa, seu modus operandi, a partir do material extrafílmico que permeia sua obra, como suas entrevistas, escritas e o curso ministrado pelo diretor.
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