Arte ao vivo e o fim do espetáculo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.208266

Palavras-chave:

Arte ao vivo, Performance, Presença, Antropofagia, Espetáculo

Resumo

O texto esboça a tese de que há um declínio do termo espetáculo, tanto em seu sentido de uso corrente, quanto na sua viabilidade como expressão das diversas formas de articulação da presença humana na arte. Para isso, sugere que a atividade artística ao vivo, nos países colonizados, constitui a base das sociedades da presença (Gumbrecht 2018), antes mesmo da chegada do invasor. O reconhecimento dessa diferença pode ser um ingrediente fundamental para promover a descolonização da arte nesses territórios, apontando possibilidades que propiciam o abandono de um modelo europeu da arte e do mundo (sociedades do sentido/da interpretação).

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Lúcio Agra, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

    Lucio Agra é professor, ensaísta, pesquisador, artista. Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC SP é professor da UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia), no Cecult (Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas). Tem artigos publicados em diversas revistas e livros (coletâneas) e quatro livros, sendo os mais recentes “Décio Pignatari - vida noosfera” (2a ed Educ Editora da PUC SP), e A síntese imprevista - arte e invenção no Brasil dos anos 60/70 (Ed. Medusa, 2022). https://www.youtube.com/c/LucioAgra-arteaovivo. E-mail: lucioagra@ufrb.edu.br

Referências

Agra, Lucio and Donasci, Otavio 2006 (R)entrer dans le vif de l’art/(Re)viewing Live Art Parachute 116 10_11_12 2004.

Agra, Lucio. 2015. Apontamentos para uma historiografia da performance no Brasil. Revista Arte da Cena, vol. 1, no. 2: 35-50.

Agra, Lucio. 2022a. A síntese imprevista – arte de invenção no Brasil dos anos 60 e 70. Curitiba: Medusa.

Agra, Lucio. 2022b. Décio Pignatari: vida noosfera. São Paulo: Educ.

Almeida Prato, Décio. 1993. Teatro de Anchieta a Alencar. São Paulo: Perspectiva.

Andrade, Oswald de. 2011. A utopia antropofágica. In Obras completas Oswald de Andrade. São Paulo: Globo.

Auslander, Philip. 2000. Liveness, Mediatization, and Intermedial Performance. Degrés – Revue de synthèse à orientation sémiologique, no. 101.

Auslander, Philip. 2006. The performativity of performance documentation. PAJ – A Journal of Performance and Art, vol. 28, no. 3: 1-10.

Auslander, Philip. 2008. Liveness: performance in a mediatized culture. New York: Routledge.

Ávila, Affonso. 1994. O lúdico e as projeções do mundo barroco I: uma linguagem a dos cortes, uma consciência a dos luces. São Paulo: Perspectiva.

Ávila, Affonso. 1994. O lúdico e as projeções do mundo barroco II: aurea idade da aurea terra. São Paulo: Perspectiva.

Ávila, Affonso. 1978. O teatro em Minas Gerais: séculos XVIII e XIX. Ouro Preto: Secretaria Municipal de Turismo e Cultura.

Azevedo, Beatriz. 2018. Antropofagia: Palimpsesto Selvagem. São Paulo: SESI-SP.

Charle, Christophe. 2012. A gênese da sociedade do espetáculo: Teatro em Paris, Berlim, Londres e Viena. São Paulo: Companhia das Letras.

Cohen, Renato. 1989. Performance como Linguagem. São Paulo: Perspectiva.

Cohen, Renato. 1998. Work in progress na cena contemporânea. São Paulo: Perspectiva.

Debord, Guy. 2007. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto.

Gumbrecht, Hans Ulrich. 2010. Produção de presença – o que o sentido não consegue transmitir. Rio de Janeiro: Contraponto.

Lehmann, Hans-Thies. 2007. Teatro pós-dramático. São Paulo: Cosac & Naify.

Lima, Luiz Costa. 1991. Pensando nos trópicos. Rio de Janeiro: Rocco.

Lima, Luiz Costa. 2013. Frestas – a teorização em um país periférico. Rio de Janeiro: Contraponto.

Rancière, Jacques. 2010. O espectador emancipado. Lisboa: Orfeu Negro.

Szondi, Peter. 2001. Teoria do drama moderno (1880-1950). São Paulo: Cosac & Naify.

Viveiros de Castro, Eduardo e Manuela Carneiro da Cunha. 1986. Vingança e temporalidade – os tupinambás. Anuário Antropológico, vol. 10, no. 1: 57-78.

Viveiros de Castro, Eduardo. 2008. Encontros – Eduardo Viveiros de Castro, org. Renato Stuzman. Rio de Janeiro: Azougue.

Viveiros de Castro, Eduardo. 2010. A inconstância da alma selvagem. São Paulo: Cosac & Naify.

Viveiros de Castro, Eduardo. 2012. Metafísicas Canibais: elementos para uma antropologia pós-estrutural. São Paulo: Cosac & Naify.

Publicado

2023-09-01

Edição

Seção

Dossiê Mundos em Performance: Napedra 20 Anos

Como Citar

Agra, Lúcio. 2023. “Arte Ao Vivo E O Fim Do espetáculo”. GIS - Gesto, Imagem E Som - Revista De Antropologia 8 (1): e208266. https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.208266.