Um smartphone próprio conectado: ser mãe e pesquisadora-mãe nas redes
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2024.216631Palavras-chave:
Maternidade, Pandemia, Pesquisa antropológica, SmartphoneResumo
Neste artigo, partimos de nossas experiências de pesquisa durante a pandemia para refletir sobre o uso do smartphone em pesquisas antropológicas. Há alguns elementos a serem considerados aqui: o contexto pandêmico e a importância da comunicação; a particularidade do tema de pesquisa no contexto de sua realização, isto é, pesquisar maternidade sendo mãe e estando em isolamento social com uma criança pequena e as possibilidades abertas pelo smartphone em termos de pesquisa antropológica. Acionamos, para isso, tanto dimensões experienciais em relação ao uso do smartphone como pessoas que se tornaram mães nos anos 2010, como também nossas reflexões como pesquisadoras em relação à questão da maternidade no período pandêmico.
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