Um smartphone próprio conectado: ser mãe e pesquisadora-mãe nas redes

Autores

  • Mayara Achilei de Freitas UFMG
  • Sabrina Deise Finamori UFMG

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2024.216631

Palavras-chave:

Maternidade, Pandemia, Pesquisa antropológica, Smartphone

Resumo

Neste artigo, partimos de nossas experiências de pesquisa durante a pandemia para refletir sobre o uso do smartphone em pesquisas antropológicas. Há alguns elementos a serem considerados aqui: o contexto pandêmico e a importância da comunicação; a particularidade do tema de pesquisa no contexto de sua realização, isto é, pesquisar maternidade sendo mãe e estando em isolamento social com uma criança pequena e as possibilidades abertas pelo smartphone em termos de pesquisa antropológica. Acionamos, para isso, tanto dimensões experienciais em relação ao uso do smartphone como pessoas que se tornaram mães nos anos 2010, como também nossas reflexões como pesquisadoras em relação à questão da maternidade no período pandêmico. 

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Biografia do Autor

  • Sabrina Deise Finamori, UFMG

    Professora adjunta do Departamento de Antropologia e Arqueologia da UFMG, do Programa de Pós-Graduação em Antropologia UFMG e pesquisadora do GESEX (Grupo de Estudos de Gênero e Sexualidades). Doutora em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (2012).

     

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Publicado

2024-08-21

Edição

Seção

Dossiê Etnografias ao Toque de Tela

Como Citar

Freitas, Mayara Achilei de, e Sabrina Deise Finamori. 2024. “Um Smartphone próprio Conectado: Ser mãe E Pesquisadora-mãe Nas Redes”. GIS - Gesto, Imagem E Som - Revista De Antropologia 9 (1): e216631. https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2024.216631.