O Stock Granítico Serra Verde: exemplo do magmatismo granítico calcioalcalino no Domínio Rio Grande do Norte, NE, da Província Borborema

Autores

  • Lindaray Sousa da Costa Universidade de Brasília. Instituto de Geociências. Pós-graduação em Geologia
  • Antonio Carlos Galindo Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Exatas e da Terra. Programa de Pós-graduação em Geodinâmica e Geofísica
  • Fernando César Alves da Silva Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Exatas e da Terra. Programa de Pós-graduação em Geodinâmica e Geofísica
  • Manoel Felipe da Silva Neto Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Exatas e da Terra. Curso de Geologia. Curso de Geologia

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v15i3-4p41-56

Palavras-chave:

Granito Serra Verde, Magmatismo calcio-alcalino, Província Borborema

Resumo

O Plúton Serra Verde constitui um stock granítico situado na porção centro-leste da Faixa Seridó, intrusivo em metassedimentos do Grupo Seridó e em ortognaisses do Complexo Caicó. Possuindo uma geometria en cornue, alongado na direção NE -SW, esse plúton teve a sua colocação sincrônica ao evento brasiliano. Composicionalmente, suas rochas são monzogranitos de textura fina, homogênea, cuja paragênese mineral dominante é composta de K-feldspato, plagioclásio e quartzo (em geral, mais de 80% modal). O principal mineral máfico é a biotita, e anfibólio, titanita, epídoto, opacos, allanita, zircão e apatita são acessórios. Quimicamente, as rochas de Serra Verde são metaluminosas a peraluminosas, de filiação calcioalcalina, com altos teores de Na2 O (> 4,2%), Sr (> 400 ppm) e Ba (> 700 ppm) e baixos teores de K2 O (≤ 3,7%), TiO2 (< 0,3%), Rb (< 80 ppm) e Y (≤ 28 ppm). As paragêneses minerais e suas microtexturas indicam que a evolução do magma ocorreu em condições de fO2 moderadas a elevadas, acima do tampão FMQ. Dados termobarométricos sugerem uma pressão de cristalização para o Serra Verde em torno de 3 a 5 kbar, com temperatura do liquidus em torno de 800°C e temperatura do solidus estimada entre 700º e 660°C. Esses dados são compatíveis com aqueles obtidos por diversos autores em granitoides neoproterozoicos do Domínio Rio Grande do Norte. Uma fonte crustal para o magma de Serra Verde é sugerida com base na análise de dados petrográficos e geoquímicos. Os ortognaisses quartzo-dioríticos a tonalíticos do complexo do embasamento são prováveis candidatos a essa fonte. Uma comparação do Serra Verde com os demais plútons calcio-alcalinos do Domínio Rio Grande do Norte mostra que este é mais enriquecido em SiO2 e Na2 O e empobrecido em Fe2 O3 (T), MgO e TiO2 .

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Publicado

2015-12-26

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Costa, L. S. da, Galindo, A. C., Silva, F. C. A. da, & Silva Neto, M. F. da. (2015). O Stock Granítico Serra Verde: exemplo do magmatismo granítico calcioalcalino no Domínio Rio Grande do Norte, NE, da Província Borborema. Geologia USP. Série Científica, 15(3-4), 41-56. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v15i3-4p41-56