Relações de contato entre rochas alcalinas máficas e sieníticas na Praia do Jabaquara, setor norte da Ilha de São Sebastião, SP
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v19-157121Palavras-chave:
Rochas alcalinas, Magmatismo bimodal, AgmatitosResumo
Relações de contato entre as rochas sieníticas do stock de Serraria e as rochas máficas plutônicas e hipoabissais do setor norte da suíte alcalina da Ilha de São Sebastião (Ilhabela) são descritas pela primeira vez, permitindo a indicação de relações temporais entre diferentes pulsos magmáticos. Os afloramentos apresentam variedade sienítica hololeucocrática hospedando mega-, macro- e microxenólitos de diferentes rochas, formando agmatitos. Cinco unidades principais são descritas: álcali feldspato sienitos, melassienitos, diabásios, cumulatos máficos (melagabros/clinopiroxenitos) e gabros heterogêneos. Geoquimicamente,
o magmatismo alcalino bimodal encontrado na ilha é bem representado pelas rochas dos afloramentos estudados. A sequência de eventos magmáticos consiste em: colocação e cristalização de pulsos de magmas básicos alcalinos, em ambiente de câmara magmática, gerando as variedades gabroicas cumuláticas, principalmente melagabros e clinopiroxenitos com olivina, e brechas de matriz gábrica com evidências de reequilíbrio textural por ação de temperatura; intrusão de novos pulsos de magma básico alcalino, representados pelos fragmentos de diabásios, que apresentam também, reequilíbrio textural (textura granoblástica predominante); intrusão de pulso sienítico na câmara máfica que fragmentou o gabro já parcial ou totalmente cristalizado, transportando ampla proporção de xenocristais e xenólitos, o que gerou rochas classificadas como melassienitos; nova intrusão de pulso sienítico, que fragmenta todo o sistema formando um agmatito com megaxenólitos e microxenólitos de gabro cumuláticos, diabásios, agmatitos de matriz gabroica (gabros heterogêneos) e melassienitos; veios e diques de pegmatito e aplito de sienitos com quartzo cortam todos os litotipos. Todos os tipos amostrados como xenólitos apresentam algum grau de recristalização e de reação química com o magma sienítico final que os hospeda.
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