Método da tomografia elétrica para investigação subsuperficial de um lixão no município de Jaciara-MT
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v23-206488Palavras-chave:
Geofísica rasa, Investigação ambiental, EletrorresistividadeResumo
No Brasil, em torno de 15,9 milhões de toneladas de resíduos urbanos são depositados em lixões. O líquido proveniente da decomposição da fração orgânica dos resíduos sólidos domiciliares, conhecido como chorume e lixiviado, pode ocasionar sérios problemas ambientais e para a saúde pública. O método da eletrorresistividade permite detectar contaminação e inferir a profundidade de deposição de resíduos por meio de injeções de eletricidade no solo e interpretar as diferenças de potencial medidas, que são capazes de fornecer informações sobre a distribuição da resistividade elétrica abaixo da superfície. O método da eletrorresistividade foi empregado neste trabalho por ser uma alternativa rápida, de baixo custo e não invasiva, ou seja, a princípio, não altera o meio físico. As resistividades mais elevadas (entre 1.670 e 875.5 ohm.m) foram relacionadas às formações Furnas e Ponta Grossa e os segmentos mais condutivos (< 875.5 ohm.m) interpretados como influenciados pela disposição de resíduos sólidos. Os valores de resistividade sugeriram não haver presença aparente de lixiviado, contudo considerou-se a hipótese de que o lixiviado estivesse presente em alguns pontos e determinadas profundidades da área do lixão.
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